Obra emergencial na RSC-287, em Venâncio Aires, fica pronta na primeira semana de junho

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As obras emergenciais na RSC-287, nos pontos que foram destruídos pela recente enchente do rio Taquari, em Vila Mariante e em Vila Estância Nova, devem ser concluídas na primeira semana de junho, quando o tráfego no local deve ser liberado. O prazo foi informado pelo diretor-geral da Rota de Santa Maria (RSM), Leandro Conterato, durante coletiva de imprensa realizada na manhã de ontem.

Os serviços de construção de uma via marginal junto aos trechos em colapso da rodovia começaram na segunda-feira da semana passada, dia 13. Eles são executados pela empresa que pertence ao grupo Sacyr e é a responsável por 204 quilômetros da RSC-287, entre Tabaí e Santa Maria. Além disso, um grupo de empresários se colocou à disposição para ajudar a concessionária, especialmente com máquinas, caminhões e material.

Segundo Conterato, a região de Vila Mariante está entre os quatro locais da rodovia mais afetados pelas enchentes. Na Capital do Chimarrão, o trecho com problemas tem aproximadamente cinco quilômetros e em quatro trechos houve o colapso total da rodovia, com erosão na estrutura do pavimento, além de danos graves no asfalto. “É um desafio restabelecer as diferentes camadas deste pavimento”, observa.

Ainda durante a coletiva, o diretor-geral da Rota de Santa Maria informou que as estradas vicinais do município não comportam o trânsito total que passa pela RSC-287. Por isso, está sendo realizando esse desvio temporário na lateral, com rochas, o que permite o deslocamento, também, em dias de chuva. A ideia é utilizar o máximo possível da estrutura da rodovia que não foi danificada.

Esse desvio terá duas faixas de tráfego, mas será em apenas um lado da rodovia, sem a necessidade da modalidade pare e siga quando for liberado para os usuários no início do próximo mês. Entretanto, deve haver restrição para a passagem de carretas e bitrens.

Planejamento

A partir da liberação do tráfego neste formato provisório, a concessionária concentrará os esforços na recomposição original da rodovia, o que não significa que ela voltará ao formato original. Conforme apresentado pela Rota de Santa Maria, o prazo estimado para a reconstrução da pista original com aterro em argila é de sete meses. Já o aterro com pedras levará de três a quatro meses para ser realizado.

“Não pensamos em executar exatamente o que existia antes. Já está sendo discutida a implementação de melhorias com o poder concedente [Governo do Estado]”, esclarece Conterato. Entre essas novidades do projeto ele cita novas obras, como pontes. “Isso para tentar projetar uma rodovia que suporte eventos dessa magnitude. Precisamos nos preparar para essa nova realidade”, afirmou.

No caso de Venâncio Aires, Conterato confirmou que já era de conhecimento da empresa o pedido da comunidade para a construção de pontes secas no projeto de duplicação da via e que isso já vinha sendo avaliado. “Sobretudo com a necessidade de reconstrução imediata é muito possível que se determine a construção de pontes secas ou obras alternativas que evitem esse problema. Estão sendo avaliadas obras adicionais, uma solução que aumentará a segurança e resiliência da rodovia nesse trecho”, destacou.

Em relação à ponte sobre o rio Taquari, Conterato assegurou que não aconteceram danos na estrutura, apesar da apreensão com a integridade dela. “Após o diagnóstico foi feita a liberação do tráfego no local”, lembrou.

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Regiões mais afetadas na RSC-287

  • Além de Venâncio Aires, entre os quilômetros 54 e 61, outros três trechos da RSC-287 sob concessão da Rota de Santa Maria foram severamente afetados pelas enchentes. São eles a ponte sobre o rio Pardo, em Candelária; a ponte do arroio Barriga, entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul; e a ponte sobre o arroio Grande, em Santa Maria.
  • Durante a coletiva de imprensa, o diretor-geral da Rota de Santa Maria, Leandro Conterato, informou que no início deste mês eram 14 pontos com problemas. “A RSC-287 foi severamente impactada e estava totalmente separada em pequenos trechos. Foi um impacto enorme, isolando cidades e regiões”, mencionou.
  • Ele também relatou que em alguns locais, durante os reparos de emergência, a equipe da empresa fez deslocamentos por helicóptero. O custo estimado com a etapa preliminar de recuperação da rodovia, através das obras emergenciais, é de R$ 30 milhões.
  • De acordo com Conterato, o restabelecimento total será gradual e ainda é difícil estimar prazo, mas a Rota de Santa Maria trabalha com a janela de um ano para entregar a rodovia em situação definitiva.


Taís Fortes

Taís Fortes

Repórter da Folha do Mate responsável pela microrregião (Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde) e integrante da bancada do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM

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