O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) informou, através de sua Assessoria de Comunicação, que as obras de pavimentação da ERS-244 estão sendo executadas. No entanto, devido às chuvas, há duas semanas, realiza serviço de recuperação de trechos esburacados na estrada que liga Venâncio Aires a Vale Verde e em outros trechos na região. O Governo do Estado destinou R$ 30 milhões para serviços emergenciais. Do total, R$ 3,4 milhões serão usados na abrangência da região de Santa Cruz do Sul.
Nas obras de pavimentação da ERS-244, equipes da Construtora Pelotense deveriam estar atuando em duas frentes, uma na terraplenagem e drenagem entre os quilômetros 3 e 6,5. Outra, no estaqueamento de marcação do eixo e dos limites das faixas de domínio, entre os quilômetros 6,5 e 12,2. Este último trajeto, de um total de 16 quilômetros, vem sendo questionado por lideranças de Passo do Sobrado, que defendem a pavimentação pela antiga estrada denominada Várzea dos Camargo, a partir do quilômetro 8,8. Inclusive, há processo movido pelo produtor lindeiro, Talis Mariante Celeste, questionando o traçado do Daer.
A autarquia se baseia em decisão judicial favorável para seguir com a execução do projeto originalmente traçado, ligando o trevo de Venâncio Aires, na RSC-287, a Vale Verde, na RS-405. O traçado passa na propriedade de Celeste. Segundo a assessoria do Daer, na área desapropriada para construção da rodovia, autarquia e empresa “estão executando o estaqueamento de marcação do eixo e dos limites das faixas de domínio, para iniciar o cercamento da área”.
Nos últimos dias, devido ao período de chuvas, o movimento de máquinas e homens na via diminuiu. Circulando na parte em obras da rodovia, quinta-feira< 3, à tarde, reportagem avistou apenas um caminhão, uma pá carregadeira e quatro funcionário da Construtora Pelotense. Questionada, a assessoria do Daer não informal qualquer previsão da obra ser retomada com capacidade máxima. Também não informou motivos da lentidão.
O produtor rural Valmor José Francisco, conhecido como Catarina, informou que os trabalhos estão devagar. “Há três anos que essa estrada está assim”, diz ele, referindo-se ao trecho que passa em frente de sua propriedade e que recebe material para terraplanagem e drenagem. Por isso, quando chove o barro toma conta, dificultando o trânsito.
Estudos
A assessoria do Daer também informou que, antes da decisão judicial que autorizou a demarcação do trecho final dos 16 quilômetros da 244, o ritmo das obras havia diminuído. “Atualmente as equipes estão fazendo a marcação e levantamentos dentro da propriedade para readequação do projeto com estudos mais aprofundados de análise de subsolo e jazidas para fonte de materiais, áreas de ‘bota fora’ [local de descarte de materiais excedentes ou resíduos], levantamentos topográficos do terreno, liberações ambientais e todos os quesitos necessários para prosseguimento das obras e serviços.”
Trajetos em obra
- Km 0 ao 3: asfaltado;
- Km 3 ao 6,5; terraplenagem e drenagem em andamento;
- Km 6,5 ao 12,2: levantamentos e marcações;
- Km 12,2 ao 14,950: será iniciado na sequência.