Pelos corredores da vida e dos Tribunais

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Mulheres, advogadas e ativistas sociais. Ana Lúcia e Nara Landim definem a advocacia como uma profissão árdua e apaixonante. Para elas, apesar de ser uma área eminentemente masculina, atuam com total afinidade com a equipe familiar de advogados que compõe o escritório, estabelecendo uma troca profissional e afetiva, que estimula resultados satisfatórios para clientes.

Elas ressaltam que são gratas às gerações que antecederam e proporcionaram o acesso à educação. “Para que hoje pudéssemos estar aqui, contando um pouco da nossa trajetória de advogadas e ativistas sociais”, ressalta Nara.

As irmãs escolheram a advocacia devido a uma luta por justiça. Além da atuação profissional, elas sempre defenderam a inclusão de uma população inviabilizada e sem voz. “Nosso trabalho, principalmente atuando na causa do trabalhador, nos proporcionou esse olhar e fez com que atentássemos para causas necessárias e urgentes”, ressalta Ana Lúcia.

ONG ALPHORRIA

Para além dos tribunais, as advogadas auxiliaram na criação de uma organização que tem como intuito o empoderamento das mulheres. Por meio da Organização Não Governamental (ONG) Alphorria, são trabalhados a titularidade e o empoderamento das mulheres em geral, em especial as negras, que continuam base da pirâmide social.

Ana Lúcia e Nara estão há bastante tempo nessa caminhada de tripla jornada: trabalho, casa e atividade voluntária. Elas enfatizam que a vida contemporânea exige essa versatilidade, para que todos possam se adaptar a uma nova realidade após o período de pandemia. As atividades em formato híbrido, on-line e presencial, têm sido alternativas para repaginar a forma de contato, o que tem dado bons resultados, segundo as advogadas.

Aliando o conhecimento jurídico ao desejo de fazer a diferença na sociedade, elas realizam pesquisas e ações, junto com um grupo de ativistas. “As mulheres, muitas vezes, têm suas dores invisibilizadas e, apesar do avanço na batalha pela igualdade de gênero, essa é uma luta que não se esgota. Mesmo diante de todas as barreiras enfrentadas, devemos celebrar a data, como nos ensina Opran Winfrey: ‘Quanto mais você louvar e celebrar a sua vida, mais há na vida para comemorar’”, cita Ana Lúcia.

Lutas e reconhecimento

O 8 de março, Dia Internacional da Mulher, traz também ao debate as questões da luta pela igualdade entre homens e mulheres. “Ainda há muito que caminhar, devendo haver a compreensão de todas as pautas e o reconhecimento de que somos plurais e múltiplas”, salienta Nara.

As irmãs destacam o reconhecimento a todas as mulheres que, como elas, resolveram ousar e lutar por valorização no mercado. “Como operadoras do direito, assumimos o compromisso diário de fazer a desconstrução das amarras históricas impostas pela sociedade, para garantir democracia, igualdade e respeito.”



Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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