Após 70 dias de investigações, a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que apurou o assalto no aeroporto Hugo Cantergiani, praticado na noite de 19 de junho, em Caxias do Sul, e indiciou 17 pessoas. Outros dois suspeitos foram mortos em confronto com policiais, sendo um no próprio aeroporto e o outro, em São Paulo.
O resultado foi a prisão de 13 pessoas e no cumprimento de 12 mandados de busca e na apreensão de 26 veículos. A PF ainda representou à Justiça Federal pelo sequestro de 19 contas bancárias e quatro imóveis.
A apuração indica que indivíduos faccionados de São Paulo chegaram ao Rio Grande do Sul dias antes do episódio e contaram com o apoio de criminosos do estado para a execução de quatro etapas de atuação: planejamento, execução, fuga e exfiltração.
Segundo a PF, a ação passou pelo custeio e transporte de fuzis, pistolas, armas de guerra, munições, explosivos, ‘jammers’, ‘miguelitos’, celulares, chips, radiocomunicadores, roupas táticas, coldres, veículos, placas falsas, plotagem de carros, hospedagens e esconderijos.
Os envolvidos respondem pelos crimes de latrocínio, falsificação de símbolo, explosão, falsificação de identidade, adulteração veicular, usurpação de função pública, posse de arma de uso restrito, lavagem de dinheiro, organização criminosa com arma de fogo e embaraço à investigação de organização criminosa.
As penas máximas para os crimes indicados, se somadas, chegam a 97 anos de prisão.