Foto: Divulgação/Polícia Civil
Foto: Divulgação/Polícia Civil

*Texto atualizado às 14h24min

Polícia Civil deflagrou nesta terça-feira, 14, a terceira fase da Operação Accelerare, por meio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (DPCI). Cerca de 100 policiais civis participaram da ação, que decorre de sete meses de investigação.

No Rio Grande do Sul, conforme a GaúchaZH, são cumpridos mandados em Venâncio Aires, Porto Alegre, Gravataí, Capão da Canoa e Pantano Grande. De acordo com a titular da Delegacia de Combate à Intolerância da Polícia Civil, Tatiana Bastos, na Capital do Chimarrão há um alvo, que não foi localizado.

“É um alvo central para nós, por isso, continuamos diligenciando e investigando no sentido de localizá-lo, até para que possamos fazer a oitiva e saber o que exatamente conseguimos obter de material. Ele não é uma liderança, nós não representamos pela prisão preventiva, mas ele é um ator extremamente importante porque faz parte dos objetivos desses grupos aceleracionistas”, esclareceu a delegada durante entrevista ao programa Terra em Uma Hora da Terra FM 105.1.

Sete indivíduos já foram presos e um adolescente foi apreendido pelos crimes de apologia ao nazismo e associação criminosa. Foram também apreendidos materiais e simbologias de apologia ao nazismo, fardamento inspirado na SS (exército nazista), armas brancas, simulacros de arma de fogo e literatura com conteúdo fascista e nazista.

As investigações iniciaram em maio deste ano, quando aportou na Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância uma denúncia anônima que relatava a existência de diversos grupos neonazistas e extremistas no Rio Grande do Sul. A primeira e segunda fase da Operação Accelerare resultaram em prisões de suspeitos e apreensão de equipamentos eletrônicos para extração de dados.

A análise dos materiais apreendidos e, principalmente, do conteúdo extraído de telefones celulares, permitiu a identificação de diversas células ou grupos neonazistas com características extremistas, separatistas e racistas, bem como de diversos integrantes dos grupos e suas lideranças.

Materiais foram apreendidos pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A partir das informações e análises de dados, a DPCI representou pela prisão preventiva de nove investigados, bem como por mandados de busca e apreensão em 23 endereços no Rio Grande do Sul, Curitiba, no Paraná, São Paulo (capital), Araçoiaba da Serra e Ribeirão Pires, em São Paulo, e Fortaleza, no Ceará.

Com apoio de peritos criminais do Instituto-Geral de Perícias (IGP), as extrações de dados dos dispositivos móveis puderam ser realizadas nos próprios locais de cumprimento dos mandados de busca e apreensão.

Fonte: AI Polícia Civil