A Polícia Civil investiga as circunstâncias do incêndio registrado no fim da madrugada desta sexta-feira, 14, e que resultou na morte de Marlice Röhl, de 63 anos. A agricultora foi encontrada embaixo do telhado de uma varanda, nos fundos da casa onde vivia sozinha, na localidade de Linha Marechal Floriano Baixo, no interior de Venâncio Aires. A área foi isolada e periciada e foi solicitada a necropsia do corpo.
O Corpo de Bombeiros Militar (CBM) foi acionado às 5h28min e quando chegou no local, uma área de difícil acesso, encontrou a casa em chamas. Houve queima total do imóvel e o corpo da vítima foi encontrado no chão, embaixo do telhado de zinco da varanda dos fundos. Havia uma corda no pescoço de Marlice e os bombeiros suspeitam que ela arrebentou devido as chamas. O corpo dela apresentava queimaduras, mas essa provavelmente não é a causa da morte.
Em um exame preliminar feito pelos policiais, não foi possível confirmar se ela atentou contra a sua própria vida ou se é vítima de um homicídio. Uma questão que chamou a atenção é quanto as marcas no pescoço da agricultora, que não caracterizam suicídio. Porém, isso só será confirmado pela perícia.
Visitas noturnas
Moradores que residem nas proximidades informaram que ela vivia sozinha, mas há algum tempo passou a receber visitas noturnas de um homem. Ele está identificado e na tarde desta sexta-feira prestou depoimento à Polícia Civil. O teor é mantido em sigilo. “E também temos a informação de que uma moto passou pela localidade, por volta das 4h, e tentamos descobrir se tem relação com o fato ou não”, explicou o inspetor Rodrigo Ethur.
Também há informações que recentemente a agricultora vendeu uma área de terras e há poucos dias recebeu o restante do dinheiro. Outro fato a ser averiguado é que pouco depois das 3h desta sexta-feira, Marlice acessou um grupo de WhatsApp da localidade, composta por moradores, deixando claro que estava acordada.
Diante de tantas informações, assim que os bombeiros apagaram as chamas da casa, a Brigada Militar isolou a área e aguardou a chegada da Polícia Civil e dos peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Foram feitas fotos e todos os levantamentos necessário e o corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) de Santa Cruz do Sul.
Marlice era solteira e não tinha filhos. Seu corpo foi sepultado na tarde desta sexta-feira, no Cemitério Evangélico de Linha Marechal Floriano.
