Terminadas as buscas e com a localização do menino Kelvin Johnson Carmargo, de 12 anos, agora o trabalho da Polícia Civil se volta para o esclarecimento do caso. Os agentes querem saber por que o adolescente foi tirado de casa e ficou na companhia de três pessoas, até ser entregue na casa de uma tia, em Lajeado, onde foi resgatado na tarde da sexta-feira, 12.
Em entrevista, o delegado Vinícius Lourenço de Assunção explicou que as três pessoas (uma mulher e dois homens) serão intimados para prestar esclarecimentos. “Precisamos saber a motivação e a autoria deste caso que pode se tratar de um cárcere privado, com a majorante dele ser menor de 18 anos”.
Ainda segundo o delegado, Kelvin foi levado para uma chácara, em local ainda desconhecido, antes de ser deixado na casa da sua tia, que não tem nada a ver com o caso. “Precisamos saber, de fato, o que aconteceu neste período”.
Nesta segunda-feira, 15, o Conselho Tutelar agendou a data que encaminhará o adolescente até o Departamento Médico Legal (DML), em Santa Cruz do Sul, onde deverá ser submetido a exame de corpo delito e a uma perícia psicológica. Kelvin está sob os cuidados da avó materna.
Maria da Penha
Na sexta-feira, 12, a avó do menino fez um registro de violência doméstica na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA). No relato, Neusa Solange Camargo, de 56 anos, relata que o seu filho David Carmargo dos Santos, de 21 anos, a agrediu com um tapa no tosto e a mandou embora de casa, no dia 20 de março. Por isso, diz a denunciante, neste mesmo dia ela tentou o suicídio, tomando uma dose excessiva de remédio, e por isso precisou ser internada no Hospital São Sebastião Mártir.
Desta forma, o menino Kelvin ficou sob os cuidados do tio, que disse ao Conselho Tutelar que não cuidaria do sobrinho e ele acabou sendo levado à Casa de Acolhimento.
Neusa solicitou as medidas protetivas de urgência, pois teme pela sua e pela vida do neto. O tio Davis está desaparecido.