A Resolução nº 858/2021, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), definiu que os revendedores de combustíveis serão obrigados a exibir os valores com apenas duas casas decimais, e não mais três, como era anteriormente. A medida passa a valer a partir deste sábado, 7.
A ANP informou nesta segunda-feira, 2, que o objetivo é deixar o preço mais preciso e claro para o consumidor, igualando-o com a expressão numérica da moeda brasileira. Os preços devem ser exibidos no painel de preços e também nos visores das bombas abastecedores. Contudo, a Agência enfatizou que, para não gerar custos adicionais, será permitido a manutenção do terceiro digito nas bombas, porém, sempre zerado e travado no momento do abastecimento.
De acordo com o dono do Posto Chama de Venâncio Aires, Adriano Reginatto, o maior impacto da mudança está na transparência com o cliente, que as vezes é induzido por preços que parecem mais baixos, contudo sofriam com a adição da terceira casa decimal – exemplo da variação entre R$ 7 e R$ 6,999, que é praticamente zero. “É uma busca por simplificação visual e transparência financeira. Contudo, o impacto para o consumidor e para os donos de postos deve ser praticamente zero, pois para a quantia ser relevante é preciso de uma venda exorbitante”, enfatiza.
- Para encher um tanque de 45 litros, utilizando como base o preço de R$ 6,999 e o de R$ 7 – ambos próximos da média de Venâncio Aires que é de R$ 7,10 – a diferença da queda da terceira casa decimal é de R$ 0,05 (R$ 314,955 para R$ 315).
A agência avaliou que essa mudança não implicará impactos no valor final dos preços dos combustíveis, uma vez que ela não trará custos relevantes aos revendedores, nem restrições aos preços praticados.