Produtores de leite vão participar de mobilização dia 1º de agosto

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Em paralelo à projeção positiva da Emater de Venâncio quanto à produtividade, há produtores preocupados com outra situação: as importações de produtos lácteos de países do Mercosul. De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag), isso tem causado problemas aos produtores brasileiros, que têm a produção desvalorizada.

Como forma de pressionar os governos, a Fetag e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais irão se mobilizar na próxima terça-feira, dia 1º de agosto, no município de Porto Xavier, fronteira com a Argentina, para protestar e chamar a atenção para o problema. Produtores de Venâncio e região também devem participar do ato.

Produtor de leite na Capital do Chimarrão e integrante da Comissão do Leite da Farsul, Lauri Schwendler entende que o protesto é importante, mas que ele não seria necessário se houvesse maior mobilização política. “É uma pena chegar a esse ponto, de ter que protestar. Mas não vemos nada ser feito e estou decepcionado com os governantes e alguns deputados da região, que deveriam agir junto ao governo brasileiro”, desabafou, sem comentar nomes.

Sobre o aumento em litros estimado pela Emater para Venâncio, Schwendler acredita nessa possibilidade e mencionou o cenário da própria propriedade, em Linha Arroio Grande. Por lá, a expectativa é chegar a 260 mil litros de leite em 2023, sendo 14 mil a mais que em 2022. Isso que o plantel baixou de 35 para 32 vacas. “A silagem que tenho este ano para alimentação, com a chuva que deu, está melhor. Isso com certeza ajuda a projetar uma produção maior.”

Embora reconheça um sinal de melhora na produtividade, Lauri Schwendler diz que o cenário ainda é preocupante. “Eu participo de muitos grupos com outros produtores de leite e estado afora está acontecendo a mesma coisa. Muitos estão vendendo as vacas e equipamentos de ordenha. A estiagem dos últimos anos contribuiu para muitos pararem ou reduzirem. E agora ainda tem essa história de estarem importando. Isso vai desanimando o produtor cada vez mais.”



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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