O termo ESG, sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança), conjunto de práticas relacionadas ao zelo pelo meio ambiente, contribuições sociais e ações de governança, foi cunhado em 2004, em uma publicação do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com o Banco Mundial. Mas já no ano 2000, o setor do tabaco implementava um programa que hoje associa-se diretamente ao pilar ambiental do ESG.
Trata-se do Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos, que iniciou as atividades antes mesmo da legislação vigente sobre o tema, o decreto 4.072, de 2002. A iniciativa do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas associadas, em parceria com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), tem o propósito de preservar o meio ambiente e garantir a saúde e segurança dos produtores que são incentivados a realizarem a correta destinação das embalagens.
Há, ainda, a orientação para que armazenem as embalagens em local apropriado e para que façam a tríplice lavagem, o que aumenta a chance de reciclagem do recipiente. Tudo isso com comodidade, uma vez que os roteiros estão organizados para que os pontos de coleta sejam localizados próximos às propriedades rurais, evitando grandes deslocamentos.
Até o dia 8 de fevereiro, os produtores de tabaco da região gaúcha dos Vales do Rio Pardo e Taquari poderão devolver as embalagens tríplice lavadas. Entre 13 de fevereiro e 3 de março, o programa percorre 25 municípios gaúchos da região Centro. E, a partir do dia 6 de março, os caminhões se deslocam para a região Centro-Serra, quando produtores de tabaco de 23 municípios serão beneficiados.
Coleta em números
Realizado há 22 anos, o programa se tornou referência para outros setores em logística reversa e já destinou corretamente cerca de 18,8 milhões de embalagens. Ao todo, 10 regiões fazem parte dos roteiros itinerantes.
Em Santa Catarina: Alto Vale, Centro Norte, Litoral e Oeste; e no Rio Grande do Sul: Centro-Serra, Centro, Noroeste, Serra Planalto, Sul e Vales do Rio Pardo e Taquari.
São 1,8 mil pontos de coleta em 381 municípios gaúchos e catarinenses. No Paraná, iniciativas semelhantes têm o apoio das empresas associadas.