A proximidade com a Páscoa deve movimentar o varejo no Rio Grande do Sul. A projeção é feita pela Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecomércio-RS), tendo como base a análise da economia no primeiro trimestre de 2024. A projeção leva em consideração o momento atual do mercado, aliado à redução no número de consumidores endividados no Rio Grande do Sul. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), projeta crescimento de 4,5% nas vendas que irão além do chocolate. Neste ano, o “coelhinho” virá com opções de brinquedos, itens de decoração, roupas e calçados.
Na avaliação feita pela assessoria econômica da Fecomércio-RS, pelo menos dois fatores corroboram para a boa expectativa com a data. Um deles, diz respeito à redução do percentual de famílias endividadas no RS, índice que mostra uma queda de 1,6%, na comparação com o início do ano passado. Já o segundo fator está ligado à confiança do consumidor, parâmetro que mede e segurança das famílias para consumir. Esta intenção de compra está 10% maior em 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Conforme o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul e Região (Sindilojas-VRP), Mauro Spode, a tendência de consumo maior no período da Páscoa aponta para a venda de chocolates em supermercados e lojas especializadas, pescados e produtos alimentícios para as comemorações. “Neste ano haverá uma tendência de compras de brinquedos, artigos de decoração, vestuário e calçados. Isso mostra que a data irá beneficiar vários segmentos do varejo, colaborando par um crescimento nas vendas”, avalia Spode.
Conforme o dirigente, o cliente pesquisa, procura por promoções e muitas vezes realiza sua compra por oportunidade – por meio de ofertas de ocasião. Por isso, a tendência de venda também sofre variações ao longo do tempo. “Por isso que sempre é importante preparar a equipe e estar atento a estes movimentos que ocorrem. Não é de hoje que o cliente está mais exigente, decidindo a compra em mais de uma visita à loja”, frisa.
Com a expectativa positiva, a aposta é para um crescimento no volume de vendas em decorrência da Páscoa. Segundo a assessoria econômica da CNC, a tendência é de uma elevação nas vendas, na casa dos 4,5% nesta Páscoa, na comparação com 2023. “Estamos falando também da primeira data oficial do calendário de vendas, após as liquidações de início de ano. As contratações da indústria, impulsionada pela safra do tabaco também sempre é uma força positiva neste período do ano”, complementa o dirigente.
Melhor cenário desde julho de 2021
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa de vendas para o ano de 2024 segue uma tendência de crescimento. O percentual acumulado deverá ficar na casa dos 1,6%, mesmo patamar alcançado antes da pandemia da Covid-19. O desempenho medido pela equipe econômica da CNC revela que o percentual positivo é o melhor desde julho de 2021, quando iniciou a retomada da economia pós-Coronavírus.
Em nível nacional, a venda de produtos de informática, vestuário e calçados configuram-se como os artigos mais procurados no início do ano, impulsionando o varejo para um momento favorável às vendas para a Páscoa.