Projeto de concessão da RSC-453 em pauta nesta quinta em Porto Alegre

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Uma comitiva de Venâncio Aires, liderada pelo presidente da Câmara de Vereadores, Dudu Luft (PDT), estará na sede da Secretaria da Reconstrução Gaúcha nesta quinta-feira, 30, para tratar sobre o projeto de concessão da RSC-453 e defender os interesses da Capital do Chimarrão. O grupo será formado por empresários, representantes da comunidade e lideranças políticas. A agenda está prevista para as 9h.

Na última sexta-feira, 24, o assunto foi apresentado e discutido com a comunidade regional durante audiência pública realizada no Legislativo de Venâncio. Na oportunidade, a comunidade se manifestou contrária à instalação do pórtico de pedágio no quilômetro 10 da rodovia, nas proximidades do trevo de acesso a Vila Palanque e Linha Travessa, na Capital do Chimarrão.

Também foram feitas cobranças a respeito de intervenções necessárias para o perímetro urbano do município e que não constam na proposta inicial divulgada pelo Estado. No início da semana, durante entrevista ao programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM 105.1, Luft explicou que muitas dúvidas surgiram durante a audiência no fim da semana passada, por isso ele solicitou o encontro na Capital gaúcha.

Veja também: Vídeo mostra obras previstas para a RSC-453

O vereador também salientou que há insegurança sobre como o assunto está sendo tratado e que é necessário mais tempo para as discussões. Em Porto Alegre, o objetivo do grupo é conhecer o projeto e entender o que está sendo proposto para Venâncio. A expectativa é que os representantes venâncio-airenses sejam recebidos pelo secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.

Na última sexta-feira, Luft já havia entregado um ofício com demandas para Capeluppi. A reunião será restrita a alguns representantes do município, por isso não pode contar com um número expressivo de pessoas.

“Esperamos que nossas demandas sejam recebidas e que sejam incluídas no contrato da concessão da rodovia: pontes secas, rotatórias, trevos e passagem de pedestres com segurança e que não instalem o pedágio em Venâncio.”

DUDU LUFT

Presidente da Câmara de Vereadores

“É preciso discutir de onde sairão os recursos e entender os detalhes do projeto”

A apreensão sobre o projeto de concessão e o entendimento de que o assunto precisa ser detalhado para a comunidade é compartilhada por moradores e empresários. Exemplo disso é o administrador da Móveis Gottems, Luís Henrique Gottems que, inclusive, participou da audiência pública na última sexta-feira, representando a empresa e também como membro da comunidade.

Empresário Luís Henrique Gottems defende a discussão e o detalhamento sobre o projeto de concessão (Foto: Alvaro Pegoraro)

“Estivemos à frente de manifestações cobrando melhores condições na rodovia no passado e, hoje, queremos entender e dar nossa opinião para que as obras sejam feitas da melhor forma possível. Para a região evoluir, obras e investimentos são necessários, mas é preciso discutir de onde sairão os recursos e entender todos os detalhes do projeto”, opinou.

Gottems ainda ressaltou que trevos, rotatórias e ruas laterais precisam estar muito bem distribuídos para não afetar as pessoas que utilizam a rodovia no dia a dia e, ainda assim, garantir um bom fluxo à via. “Utilizamos a RSC-453 todos os dias, entre nossas unidades [uma localizada em Mato Leitão e a outra em Venâncio Aires], e toda nossa equipe se desloca ou mesmo vive às margens da RSC-453. O objetivo é termos uma rodovia segura e prática para todos”, mencionou.

Ele também disse ser a favor da duplicação e que entende que cobranças pela obra acontecerão. “Óbvio que ninguém quer um pedágio na frente de casa, mas temos que discutir valores, visando o melhor para o projeto como um todo e depois se adaptar à nova realidade”, defendeu.

Estatística de morador do Coronel Brito aponta que 45% dos veículos cruzam a rodovia RSC-453

Por Alvaro Pegoraro

José Orestes Stertz é um dos moradores mais antigos do bairro Coronel Brito. Aos 75 anos, o empresário Culi Sterz, como popularmente é conhecido, reside na rua Gustavo Büllow desde que nasceu.

O movimento da RSC-453, que dificulta a travessia da rodovia para quem segue em direção ao Centro e vice-versa, o motivou a fazer uma levantamento. Segundo a estatística apurada pelo morador, 45% dos veículos que trafegam pelo local cruzam a rodovia. O dado reforça a importância de as obras na rodovia considerarem o fluxo de ingresso e saída nos bairros cortados pela RSC-453.

Culi Sterz, como popularmente é conhecido, é um dos moradores mais antigos do bairro Coronel Brito (Foto: Alvaro Pegoraro)

Nos dias 12 e 14 de março do ano passado, das 6h30min às 7h30min, Culi Sterz ficou parado junto à rodovia, contando os veículos que entravam e saíam do bairro Coronel Brito, assim como os que seguiam em direção a Lajeado e vice-versa.

O resultado foi o seguinte: somados os dois dias, Culi contou 512 veículos que saíram do bairro e foram em direção ao Centro, sendo que 189 fizeram o sentido contrário nesta hora (total de 701). Na rodovia, 341 veículos foram em direção a Lajeado e 502 fizeram o caminho inverso (somados, 843). No total, 1.544 veículos passaram pelo trevo de acesso ao bairro Coronel Brito, nos dois dias, em duas horas, o que representa 772 veículos por hora ou 13 a cada minuto.

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