Tainara da Silva, Isabel Landim, Jaque Santos e Loni Lopes são as mulheres de Venâncio que receberão a honraria (Fotos: Arquivo pessoal)
Tainara da Silva, Isabel Landim, Jaque Santos e Loni Lopes são as mulheres de Venâncio que receberão a honraria (Fotos: Arquivo pessoal)

Medalha Preta Roza é iniciativa é da deputada estadual Laura Sito (PT) e vai homenagear cerca de 300 mulheres negras do Rio Grande do Sul.

Idealizada pela deputada estadual Laura Sito (PT), a Medalha Preta Roza vai homenagear aproximadamente 300 mulheres negras de mais de 50 cidades do Rio Grande do Sul. A iniciativa busca celebrar a força, inteligência e competência de mulheres que movem as estruturas sociais a partir de seus territórios, com atuação em áreas como política, cultura, segurança pública, academia, educação, saúde e trabalho social.

Entre as centenas de mulheres lembradas, quatro são de Venâncio Aires: a produtora cultural Jaque Santos; a presidente da Associação Négo Futebol Clube, Isabel Landim; integrante do Grupo Baobás, Loni Lopes; e a advogada Tainara da Silva. “Receber a medalha Preta Roza simboliza reconhecimento e afirmação de um propósito. Propósito de trabalhar e levar a pauta preta como a ferramenta de transformação racial e social que acredito, sentimento de unidade de tantas mulheres negras que fazem e ajudam a fazer a diferença em seus municípios e por onde passam. Estou honrada e muito feliz pela homenagem”, destacou Jaque Santos.

A entrega da honraria será na próxima quarta-feira, 23, às 14h, no Auditório do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Outra edição está prevista para o dia seguinte, 24, em Pelotas.

A iniciativa integra o Julho das Pretas, agenda nacional de mobilização em torno do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. Para a deputada Laura Sito, é mais que uma honraria individual. É uma afirmação política de que as mulheres negras estão no centro das transformações sociais. “Preta Roza é símbolo da insurgência negra no sul do Brasil, mas também espelho de tantas mulheres que hoje resistem, criam caminhos, cuidam de suas comunidades e constroem o futuro”, afirma a parlamentar.

História real

O nome da medalha homenageia uma figura real da história do Rio Grande do Sul. Preta Roza foi uma mulher negra escravizada e guerreira do quilombo de Manoel Padeiro, na década de 1830. Atuava como combatente armada e estrategista, chegando a se vestir como homem para circular entre espaços de poder e obter informações valiosas. Comparada à rainha Jinga, de Angola, foi morta em combate em 16 de junho de 1835 e se tornou símbolo da resistência negra e feminina.

*Com informações Assessoria de Imprensa Deputada Laura Sito.