“Queremos que o problema da falta de água seja resolvido”, afirma moradora do Gressler

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Atualizado em 17h23min de terça-feira, 4, com resposta da assessoria de imprensa da Corsan Aegea com esclarecimentos da situação

A semana começou com calor intenso em Venâncio Aires e, mais uma vez, moradores da região urbana relatam o desabastecimento de água nas residências. Apesar da expectativa de melhora com a inauguração do reservatório de 500 mil litros no bairro Bela Vista, no dia 17 de janeiro, falhas no abastecimento têm sido recorrentes nas últimas semanas e são motivos de reclamação.

Ontem, a reportagem apurou que havia casos de falta de água nos bairros Xangrilá, Aviação e União. No Gressler, há relatos de moradores que estão sem água há duas semanas.

É o caso da massagista Marciane Bergmann. Ela relata que convive com o problema da falta de água há 29 anos, desde que reside do local. Por conta disso, a família depende de caixas d’água para ter abastecimento na residência. “Durante a noite, as caixas enchiam e tínhamos água durante o dia. Era necessário economizar, mas pelo menos havia água. No entanto, há 14 dias, a pressão diminuiu e, nem mesmo à noite, a água chega à caixa. Assim, estamos sem água dia e noite”, afirma.

Segundo Marciane, desde a inauguração do reservatório instalado no bairro Bela Vista, ela percebeu que a água estava com mais pressão nos primeiros dias e havia água durante o dia. Porém, nas duas últimas semanas, percebeu que há menos pressão, o que impede o abastecimento da caixa d’água. Além da dificuldade para as tarefas diárias, o problema se agrava por comprometer o atendimento aos clientes no centro de massagem, que fica junto à residência. “Na segunda-feira, 3, tive que cancelar sete atendimentos porque não tinha condições de realizá-los”, lamenta.

A moradora relata que demais vizinhos enfrentam o mesmo problema nos últimos dias. Como ela, muitos precisam comprar água para beber e as roupas não estão sendo lavadas. “No bairro Gressler, queremos entender o que está acontecendo e que esse problema seja resolvido o quanto antes. Pode ser uma questão de potência, vazão, pressão, dimensionamento, capacidade de abastecimento, declive, aclive, demanda ou perda de potência devido à canalização antiga. Temos um problema de abastecimento e precisamos de técnicos para solucionar essa situação”, completa.

Assessoria de imprensa da Corsan Aegea foi contatada pela reportagem da Folha do Mate, para esclarecer a situação.

  • A Corsan informa que não há registro de reclamação oficial no sistema da Companhia sobre falta de água na rua Herval Mirim, em Venâncio Aires. No entanto, já vêm sendo instalados, na rede que atende aquela região, equipamentos que medem a pressão nas tubulações e a vazão de água para as moradias.
  • Também foi instalada uma válvula redutora de pressão, para controlar a força de circulação da água e aumentar ou diminuir conforme a necessidade.
  • Para colocar a válvula na rede, foi preciso interromper o abastecimento durante algumas horas na semana passada. Desde a execução do serviço, a Corsan segue monitorando e adequando a pressão no encanamento.
  • A Companhia ressalta que está permanentemente disponível nos canais de relacionamento com os clientes e recomenda que a população utilize esses meios de contato para solicitações, pedidos de informação ou para fazer comunicados. Isso agiliza a tomada de providências e a mobilização das equipes de serviço.
  • Podem ser utilizados o WhatsApp (51) 99704-6644, aplicativo Corsan (disponível no telefone celular, nas versões Android e IOS), site www.corsan.com.br (na Unidade de Atendimento Virtual) e ligações gratuitas pelo 0800.646.6444.


Prefeitura pode notificar Agergs sobre a situação


Em nota enviada à Folha do Mate, por meio da assessoria de comunicação, a Prefeitura informou que a comissão de fiscalização do contrato da Corsan vai se reunir para decidir as próximas providências que serão tomadas em relação à recorrente falta de água em alguns bairros da cidade. O município tem feito contato direto com a Corsan Aegea enquanto vem atualizando a composição dos membros da comissão, pois tendo em vista troca de mandato e alterações de servidores, algumas substituições legais estão sendo feitas. “Ao mesmo tempo não descarta uma notificação à Agergs – Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul”, informou.



Júlia Brandenburg

Júlia Brandenburg

Acadêmica do curso de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul

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