Jarbas recebeu colegas ao lado dos presidentes da Amvarp e Amvat (foto: Caco Villanova)
Jarbas recebeu colegas ao lado dos presidentes da Amvarp e Amvat (foto: Caco Villanova)

Prefeitos da Amvat e da Amvarp movimentaram o Parque no segundo dia da Fenachim

Por Caco Villanova
O segundo dia da 17ª Festa Nacional do Chimarrão (17ª Fenachim) contou com a presente de prefeitos, primeiras-damas, alguns secretários e assessores dos municípios da Região dos Vales. O motivo foi a assembleia conjunta das duas associações de municípios do Vale do Taquari (Amvat) e do Vale do Rio Pardo (Amvarp), que colocou em pauta, na manhã de ontem, 2, vários assuntos de interesse dos gestores. Um dos temas foi a breve atualização do projeto Pró-Clima, encaminhado pelo Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) ao Plano Rio Grande, para resiliência e adaptação às transformações climáticas no Estado para os próximos 25 anos.

A recepção ficou à cargo do prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, que destacou a tradição da Fenachim em sediar encontro conjunto das associações. Os presidentes da Amvat, Sidinei Moisés de Freitas, de Sério, e da Amvarp, Nestor Rubem Ellwanger, de Candelária, também deram boas vindas e elogiaram a aproximação das duas regiões.

Nestor Ellwanger, prefeito de Candelária e presidente da Amvarp
Sidinei Freitas, prefeito de Sério e presidente da Amvat
Gilson Becker, prefeito de Vera Cruz e presidente do Cisvale

O trabalho da Cisvale, entidade presidida pelo prefeito de Vera Cruz, Gilson Becker, foi apresentado pela diretora executiva Léa Vargas. Segundo ela, seis propostas para monitoramento, adaptação, resiliência e recuperação de áreas ambientais degradas foram apresentados, totalizando mais de R$ 79,6 milhões para sua execução.
O Comitê Pró-Clima do Vale do Rio Pardo atua em quatro eixos: Resiliência Climática e Gestão de Desastres (I); Gestão de Recursos Hídricos e Revitalização de Ecossistemas (II); Infraestrutura e Urbanização Sustentável (III); Recuperação de Solos Agriculturáveis e Agricultura Sustentável (IV). Os projetos foram concebidos com base no que foi destruídos e perdido na enchente de 2024.

Léa Vargas, diretora executiva da Cisvale

Banrisul

A superintendente da Região Centro, Vanialice Azeredo, fez uma rápida explanação sobre o novo posicionamento do Banco Estadual do Rio Grande do Sul. “O Banrisul também teve a sua sede alagada, mas o banco não parou”. A catástrofe climática fez a instituição rever várias questões, como a agilização na liberação de recursos, a liberação de consignados e a redução de taxas no BanriCompras e a instalação de 40 novos caches (caixas eletrônicos) para aumentar a rede de atendimento ao público. A meta são 1.000 equipamentos, visando facilitar o acesso a serviços bancários pelos clientes.

Vanialice Azeredo, superintendente da Região Centro

Aquibom

O advogado Mauro Hauschild, de Bom Retiro do Sul, divulgou e convidou prefeitos e público em geral para a primeira edição da Aquibom. A Feira Estadual de Aquicultura está agendada para ocorrer de 7 a 9 de novembro, com apoio da Emater/RS e do Governo do Estado. Segundo ele, o evento pretende trazer conhecimento para alavancar o setor, lembrando que muitos municípios da Região dos Vales têm a aquicultura e a piscicultura como geradoras de trabalho e renda. Observou que o Estado do Paraná é responsável por 30% das tilápias produzidas no Brasil. Por outro lado, citou o Rio Grande do Sul como um dos estados com maior potencial hidrográfico. “O que precisamos é de incentivo.”
A feira transcorrerá no Recanto Novo Paraíso, em Bom Retiro do Sul. Além de palestras, terá programação cultural, gastronômica e de negócios.

Mauro Hauschild convidou a todos para a 1ª Aquibom

Trânsito

Também foi convidado para a assembleia, o engenheiro de tráfego Rui Pires. Com experiência de mais de 30 anos, o autor do livro ‘Engenharia de tráfego e redução de sinistralidade’ apresentou vídeo com depoimento do prefeito de Tapejara, Evanir Wolff, sobre as mudanças e melhorias feitas no trânsito da cidade. Pires colocou seu trabalho à disposição dos prefeitos.

Rui Pires divulgou seu trabalho como engenheiro de tráfego

Duplicação da 287

Alguns prefeitos tiveram oportunidade de se manifestar. Nestor Ellwanger, de Candelária, destacou a necessidade de continuar a mobilização em defesa dos agricultores que têm suas propriedades cortadas pela RSC-287. A duplicação, segundo ele, poderá trazer problemas, já que dificultará a travessia de implementos e produtos de um lado a outro. Além disso, a cobrança dos acessos às propriedades tem preocupado o gestor. Seu colega de Santa Cruz do Sul também chamou atenção para a falta de conhecimento do projeto. Sérgio Moraes informou que o acesso a um dos bairros que margeia a rodovia chegou a ser fachado. Ele também comentou sobre as filas na saúde e a possibilidade de analisar nova proposta de destinação do lixo, com custo menor e de forma consorciada.

Municipalismo

O deputado estadual Airton Artus também colocou seu mandado à disposição dos prefeitos. Ex-prefeito de Venâncio Aires em duas ocasiões, destacou sua atuação em defesa da saúde e das causas municipalistas. Destacou a luta pela instituição da tabela SUS gaúcha, como complemento à defasada tabela federal.

Airton Artus, deputado estadual

Projetos enviados ao Plano Rio Grande

Eixo I

Um projeto: aquisição de estações monitoramento, sensores refletométricos telemétrico e equipamentos para a Defesa Civil regional, orçado em R$ 21.468.130,41 e contrapartida de R$ 214.681,30.

Eixo II

Três projetos: estudo de bacia hidrográfica, modelagem, topobatimetria, mapeamento para desassoreamento e revitalização, orçado em R$ 32.026.673,33; revitalização das margens da bacia hidrográfica do Arroio Castelhano, orçado em R$ 15.590.577,00, e recuperação de fauna e floras ciliares e aquáticas em cursos de água do Vale do Rio Pardo, orçado em R$ 5 milhões.

Eixo III

Um projeto: implementação de Soluções de Macrodrenagem para minimizar impactos de cheias, orçado em R$ 3.736.000,00.

Eixo IV

Dois projetos: recuperação de solos agriculturáveis e agricultura sustentável e uso racional e boas práticas de manejo de solo e água em propriedades rurais, orçados em R$ 1.878.468,40.

Integrantes do Comitê

Câmara Setorial de Meio Ambiente do Cisvale, Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Faculdade Dom Alberto, Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede-VRP), Comitê Pardo, Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) e Conselho de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (Crea/RS).