Segundo o superintendente institucional da Região Central da Corsan Aegea, João Batista Corim da Rosa, o reservatório instalado há poucos dias na rua Clóvis Pereira de Carvalho, no bairro Cidade Alta em Venâncio Aires, entra em operação na próxima sexta, 5 de julho. O tanque com capacidade para 100 mil litros foi instalado para reforçar o abastecimento de cerca de 8 mil moradores dos bairros Cidade Alta, Xangrilá e região do Parque do Chimarrão, locais que costumam sofrer com falta de água.
Quanto ao reservatório de 500 mil litros no bairro Bela Vista, Corim disse que: “Ainda não tivemos a entrega oficial por parte da empresa e tivemos problemas com furtos de equipamentos de telemetria e automação”, argumentou, ao falar sobre a demora no funcionamento, já que ela está pronto há alguns meses. O reservatório construído próximo ao Parcão beneficiará cerca de 20 mil pessoas, moradoras dos bairros Bela Vista, Cidade Alta, Xangrilá, Cidade Nova, Gressler, Santa Tecla, Aviação e região do Parque do Chimarrão.
Reservação atual
• Venâncio tem atualmente 2.280 metros cúbicos de reservação de água. São 780 mil litros (três reservatórios) na parte alta, 500 mil litros na esquina do Colégio Oliveira e 1 milhão de litros junto à Estação de Tratamento de Água (ETA).
• Com os reservatórios do Bela Vista e da Cidade Alta, a capacidade de reservação de água na cidade passará de 2.280 metros cúbicos para 2.880 metros cúbicos – aumento de 26%.
• O arroio Castelhano é a principal fonte do município para a população urbana, responsável por abastecer cerca de 53 mil pessoas em Venâncio Aires.
Pedidos no Ministério Público
Nesta semana, representantes de um grupo de aproximadamente 50 moradores da Cidade Alta e bairros próximos, acompanhados do vereador Nelsoir Battisti (PSD), estiveram com o promotor Pedro Rui da Fontoura Porto. Segundo Silvio Haussen, que é um dos representantes desse grupo, entre os motivos do encontro na promotoria é a falta de água ainda recorrente na cidade.
No sábado, 22, moradores relataram desabastecimento e, conforme a Corsan, isso aconteceu pelo elevado consumo num único dia. “Fomos falar com o promotor sobre falta de água constante, como no fim de semana passado. Depois de uma semana de chuva, no sábado de sol, as pessoas quiseram aproveitar para fazer tarefas em casa e faltou em vários bairros. Mas não podemos aceitar que, depois de tanta chuva, falte água por consumo exagerado. Isso não cabe mais”, destacou Haussen.
Ainda conforme ele, outro ponto levado à promotoria é a cobrança para o tratamento de esgoto, cujo valor da taxa é referente a 70% do consumo de água, ou seja, incide sobre a quantidade de metros cúbicos consumidos por família. “Não são todas as casas que fizeram a ligação. Uns estão pagando e outros não. Isso não é justo e pedimos explicação para ver se está funcionando esse tratamento. O tratamento de esgoto é importante e necessário, mas esses 70% é muito.”