As obras de reconexão da RSC-287, nos pontos que foram destruídos pela enchente do rio Taquari, serão executadas pela Rota de Santa Maria (RSM), do Grupo Sacyr, concessionária da rodovia. A informação foi divulgada pelo gerente de Meio Ambiente da RSM, César Cruvinel, em reunião realizada na Prefeitura de Venâncio Aires. O encontro iniciou por volta das 11h e se estendeu até depois das 13h. “Obras começam entre amanhã e segunda-feira”, disse Cruvinel.
Além dos representantes da concessionária, participaram do encontro o prefeito Jarbas da Rosa, a vice Izaura Landim, lideranças políticas e integrantes do grupo de empresários que se colocou à disposição do Poder Executivo e do Grupo Sacyr para colaborar nos trabalhos. De acordo com a Rota de Santa Maria, faltam alguns ajustes acordado juntos ao Governo do Estado, que é o poder concedente da RSC-287, para que as obras possam efetivamente sair do papel.
Os empresários se comprometeram em auxiliar a empresa no que for preciso, seja com máquinas, caminhões ou material necessário para a intervenção nos pontos destruídos. A RSM mantém o prazo de três a quatro semanas para a entrega de uma via marginal na RSC-287, sob a justificativa de que precisa cumprir exigências previstas no contrato de concessão e, principalmente, garantir segurança para os usuários da rodovia. O grupo de empreendedores acredita, no entanto, que com uma mobilização regional sejam possível liberar o trânsito antes disso.
Pelo projeto da concessionária, uma via de duas mãos – que não é do tipo pare e siga – será construída de forma provisória e emergencial. O desvio ficará à direita da pista, no sentido Venâncio Aires – Vila Mariante. Há a intenção de que o trabalho aconteça nos dois sentidos, mas a Rota de Santa Maria não dá como certo o atendimento desta demanda. “Precisamos atender a parâmetros técnicos definidos em contrato. Nossa obrigação como concessionária é de restabelecer a rodovia e vamos fazer isso”, completou o gerente de Meio Ambiente do Grupo Sacyr.
O QUE DISSERAM
• Pedro Rui da Fontoura Porto, promotor de Justiça: “A reunião foi bem proveitosa. Sei que está todo mundo numa espécie de estresse pós-traumático e vai demorar muito para sair disso, mas a empresa tem lá as suas razões. Ela precisa ter o acesso aos locais que foram impactados e planejamento também. Não se pode começar uma obra dessa magnitude, que tem que ser uma obra robusta, uma obra segura e que permita que todos os veículos passem sem um mínimo planejamento. Então, eles nos informaram que já estão com o projeto em aprovação e que, provavelmente, nos próximos dois dias, possam começar. Inclusive com a água lá eles podem começar colocando pedras. Esse desvio não será definitivo. Estamos todos envolvidos em resolver isso para retomar as atividades econômicas, que são muito importantes para a manutenção dos empregos. É um momento de muito nervosismo, naturalmente, mas as pessoas se comportaram de maneira educada, discutindo o assunto e se buscando uma solução. Acredito que a empresa tem o máximo interesse em recomeçar o trânsito, porque essa é a fonte de renda dela”.
• Charles Fengler, porta-voz do grupo de empresários: “Acho que foi muito proveitosa a reunião. Quero agradecer, primeiramente, a todos os empresários que se fizeram presentes, aos que não puderam também e estão nos apoiando. É muito importante essa pressão, essa posição das empresas do município aqui nesse momento, para restabelecer essa conexão com o estado todo. Isso vai trazer benefício não só para as empresas e para as pessoas de Venâncio Aires, mas para o estado como um todo. Ficou muito boa a conversa com a Sacyr. A gente viu o interesse deles e nos parece que realmente estão empenhados em restabelecer essa ligação. Vai ser feita uma ligação provisória, e o que eles vieram nos solicitar é uma ajuda na questão de organização com os fornecedores tanto de material, como as jazidas de pedra que são necessárias, além de máquinas. A concessionária se mostrou interessada em fazer a obra rapidamente, nos passaram um prazo, a princípio, de três a quatro semanas. O que a gente entende que é que não temos esse prazo, tem que ser reduzido, então estamos trabalhando para que a gente consiga restabelecer essa liberação o mais rápido possível”.
• Jarbas da Rosa, prefeito de Venâncio Aires: “A gente vem liderando essa comunicação junto à Sacyr, pois entendemos que temos nossas prioridades. Uma delas é com relação à 287. A gente já fica feliz pela ponte do rio Taquari, que ficou lá, pois era uma preocupação importante, seria uma obra que demandaria um tempo bem maior, caso fosse destruída. Agora temos que fazer a reconexão da 287 da Picada Mariante com o trevo de Vila Mariante, pois com isso, dando fluidez ao escoamento, toda a região será beneficiada. Estamos trabalhando junto com a Rota Santa Maria e aguardávamos a apresentação do projeto, que foi apresentado hoje e estipula prazo para a obra. Então, a partir desse momento, Governo do Estado, Sacyr, Município e empresários de Venâncio Aires e região vão permanecer unidos para solucionar o problema. Primeiro provisoriamente e, depois, de forma definitiva”.
