O projeto de criação da ‘Sala das Margaridas’ e de uma sala para interrogatórios e reconhecimentos, na Delegacia de Polícia de Venâncio Aires, saiu do papel. Trabalhadores já executam as obras, que devem estar concluídas ainda no primeiro semestre deste ano. Ambas serão feitas com verbas provenientes do Poder Judiciário, com apoio do Consepro, e de emendas impositivas da Câmara de Vereadores.
A sala para interrogatórios e reconhecimentos está sendo feita em espaço existente no Setor de Investigações (SI). Ela será usada na tomada de depoimentos de pessoas suspeitas de envolvimento em crimes, mas também tem a finalidade de servir como sala de reconhecimento de suspeitos. “Como será um espaço amplo, dotado de vidros espelhados, será usado para mais de uma finalidade”, explicou o delegado Vinícius Lourenço de Assunção.
O titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) salienta que os reconhecimentos de suspeitos de envolvimento em crimes precisam ser feitos na presença de defensores, respeitando outras formalidades, e o espaço dará estas condições.
Sobre os interrogatórios, a intenção é copiar o modelo americano. O delegado explica que enquanto uma pessoa toma o depoimento do suspeito, outros podem acompanhar, pelo lado de fora, sem serem percebidos. “E quando entenderem ser necessário, intervem e seguem tomando o depoimento”, observou.
Margaridas
A Sala das Margaridas é um espaço especial, destinado ao atendimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. Ela funcionará onde antes existia o Posto de Atendimento à Mulher (PAM), em prédio anexo à DP, e em um primeiro momento, o atendimento será feito por estagiárias da Universidade de Santa Cruz (Unisc), dentro do convênio existente com a República Tcheca.
Para o delegado Vinícius, a criação deste espaço destinado exclusivamente ao atendimento de mulheres e outras pessoas em situação de vulnerabilidade possibilitará a vinda de novos profissionais. “E, futuramente, podemos requerer a instalação de uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher aqui”, disse.
A Deam, segue o delegado, traria uma delegada e novas escrivãs à DP do município. “Mas enquanto isso não for uma realidade, pretendemos instalar um cartório dentro da ‘Sala das Margaridas’, dando melhores condições de atendimento às mulheres”. Atualmente, cerca de 40% dos registros feitos na DPPA se referem a casos de violência doméstica.
