As impressões digitais dos dedos de uma mão no vidro de uma janela basculante ajudaram a Polícia Civil a identificar um dos autores de um assalto, praticado no ano passado, em uma casa de dois pavimentos, no bairro Aviação, em Venâncio Aires. O indivíduo tem 23 anos e em depoimento, assumiu o envolvimento no crime, que teve a participação de outras duas pessoas. O inquérito está sendo concluído e nos próximos dias será remetido ao Poder Judiciário.
O roubo foi praticado durante a madrugada do dia 27 de julho, em um imóvel onde residiam um casal e um filho, de 2 anos. A vítima foi agredida e amarrada e assim que conseguiu se soltar, ligou para a Brigada Militar, que fez buscas e acionou a Polícia Civil. Os agentes foram ao local e descobriram que os três assaltantes invadiram a casa pela parte dos fundos, após improvisar uma escada.
O imóvel estava revirado e, inclusive, os assaltantes tomaram cervejas antes de ir embora com joias, dinheiro e um automóvel. Os policiais estavam em busca de pistas e descobriram que um dos ladrões entrou na casa por uma janela basculante. Uma papiloscopista do Instituto-Geral de Perícias (IGP) foi ao local e coletou as impressões digitais deixadas naquele vidro. E através de um banco de dados e do comparativo com as digitais de um investigado, foi possível comprovar que aquele suspeito esteve na casa.
Convidado a prestar depoimento, o morador de Venâncio foi até a Delegacia de Polícia e confessou que participou do assalto. Disse que por ser conhecido na cidade, usou uma touca ninja e revelou os nomes das outras duas pessoas que realizaram o roubo. Segundo referiu, são dois moradores de Lajeado, que entraram em contato com ele e o convidaram ‘para fazer uma mão’, já que ele conhecia a cidade.
Sobre o que fizeram com o dinheiro e as joias roubadas, disse que ganhou apenas R$ 400. Sobre o veículo da vítima, alegou que só foi usado para fugir, já que seus comparsas vieram até Venâncio em um outro veículo. Ele será indiciado por roubo. Os agentes buscam a localização dos outros dois envolvidos.
Relembre o caso
Eram cerca de 3h30min da fria madrugada do dia 27 de julho do ano passado, quando um homem de 44 anos, sua esposa e seu filho foram acordados por três indivíduos que haviam invadido a casa, depois de usar uma escada improvisada para acessar o segundo piso. Armados com revólveres, os assaltantes passarem a agredir o homem com chutes e socos e dois deles o levaram para o primeiro piso, onde passaram a exigir dinheiro e armas e o questionaram sobre a localização do cofre. O terceiro assaltante ficou no quarto, vigiando a mulher e a criança. O homem foi amarrado e colocado embaixo da escada que liga o primeiro ao segundo piso. O trio revirou a casa e roubou joias em ouro, um relógio de pulso, dois celulares, frascos de perfume e cerca de R$ 3 mil. Também bebeu latas de cerveja. O bando colocou os objetos roubados dentro de uma mochila e disse que fugiria com um dos veículos da família, um Ford Fiesta automático. Porém, eles não sabiam dirigir o veículo e obrigaram a mulher a ensinar um deles como proceder. Depois, ela e o filho foram trancados na despensa. Os assaltantes saíram com o carro, que foi encontrado poucos depois pela Brigada Militar, distante oito quadras do local.
