Trabalhos desenvolvidos com cães especiais na Peva recebem recursos municipais

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Sediado junto à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva), o canil regional da 8ª Delegacia Regional Penitenciária, recebe do município, recursos de R$ 150 mil para aplicação no projeto ‘Ressocializando Vidas’. Com diversas atividades voltadas desde a prevenção e combate ao crime, resgates humanos, capacitação profissional de apenados até ações educacionais e terapêuticas com crianças, o projeto envolve 11 cães, de acordo com o treinamento de cada um.

O repasse dos valores municipais foi oficializado na manhã desta terça-feira, 14, entre o prefeito Jarbas da Rosa e o presidente do Conselho Comunitário da Comarca de Venâncio Aires, Flávio Bienert, em uma cerimônia que aconteceu na penitenciária com a presença de agentes e policiais responsáveis pelo projeto.

O canil regional está sendo construído com mão-de-obra exclusivamente prisional, desde o projeto que foi elaborado por um detento da casa prisional de Lajeado. A primeira etapa que foi a construção dos alojamentos dos cães já está concluída, devendo receber ainda uma área administrava e outros espaços para os serviços de banho e higiene nos animais, que deverá sediar ainda cursos profissionalizantes para detentos na área de pet shop. As etapas seguintes continuarão sendo executadas por apenados. Dos 11 cães que integram o canil, oito são abrigados nos boxes e os outros internamente na Peva. No local, além dos cuidados, também é desenvolvido todo o treinamento dos animais para as mais diversas situações, atendendo toda a região da 8ª Delegacia Prisional que envolve os Vales do Taquari e Rio Pardo, dando apoio aos trabalhos das Polícias Civil e Federal, Exército, Aeronáutica, Receita Federal e os demais órgãos de segurança.

Ações do canil

O policial penal responsável pelo canil regional, Diogo Blaszak, explica que atualmente são quatro grupos de trabalho entre os cães: intervenção, busca e captura, faro de drogas e armas, e cinoterapia. Os de intervenção, segundo ele, são os que estão preparados para qualquer carga emocional, desde disparos de armas a até explosões de granadas, são os que participam de revistas a presídios, exemplifica ele. Já os cães de busca e captura, são os que ajudam na busca por foragidos, assaltantes, como também de pessoas desaparecidas. Os animais treinados para faro de drogas e armas estão preparados para encontrar todos os tipos de drogas nos mais diversos esconderijos, como também todo tipo de armamento e munição. Já no grupo de cinoterapia são os cães utilizados em processos terapêuticos, como exemplo citado por Blaszak, de uma situação de um animal utilizado para o trabalho com alunos autistas da Apae de Venâncio Aires. Conforme o relato, a criança tinha apenas a palavra ‘não’ no seu vocabulário e nunca havia abraçado ou beijado alguém. “Em 15 minutos de atividades com o cão, a criança falou mais palavras, abraçou e beijou. Vocês imaginam a alegria da mãe. Se com um cão, em apenas 15 minutos conseguimos isso, imagina fortalecendo esse projeto”, destacou ele.

O prefeito Jarbas da Rosa destacou a importância do projeto ao garantir mais segurança na Peva e ao desenvolver os trabalhos junto às escolas. Além do repasse dos recursos da emenda, a Prefeitura também realizou os trabalhos de terraplanagem para a construção do canil. Ao se manifestar, o subdelegado da 8ª DRP, Pedro Henrique Meinerz destacou que o projeto desenvolve ações de prevenção, repressão e ressocialização. Ao falar na prevenção, destacou as atividades realizadas junto aos estudantes, através das palestras e contato das crianças com os cães, repassando valores morais e motivando-os a permanecer longe do crime. Já a repressão é no sentido de combater o crime, dentro ou fora dos muros das casas prisionais, colaborando com os trabalhos dos órgãos de segurança. Na reintegração social, conforme Meinerz, o projeto que deve ofertar os cursos de qualificação profissional na área de pet shop, visa cumprir com o papel institucional da penitenciária.

A vice-diretora da Peva, Yasmim Bouce, destaca que o projeto do canil tem garantido ainda mais segurança à penitenciária que é a maior casa prisional dos vales do Rio Pardo e Taquari. Destacou também o papel social do projeto ao trabalhar a prevenção junto aos estudantes. O vereador Ezequiel Stahl, autor da emenda impositiva, destacou que ao ser procurado pela coordenação do canil regional, conhecendo as atividades desenvolvidas, já que também é um agente prisional, resolveu dedicar todas as suas emendas do ano para o projeto. Ainda, Flávio Bienert destacou a união de esforços para a construção do canil e o papel social do projeto ao avançar e oferecer cursos de qualificação aos apenados.

Foto: AI Prefeitura

Fonte: AI Prefeitura

    

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