O Comitê de Recuperação das Nascentes do Arroio Castelhano, responsável por restaurar e conservar as nascentes do arroio Castelhano, finalizou o trabalho na 24ª nascente, localizada em Vila Deodoro. Com a intervenção, estão sendo beneficiadas 63 famílias da localidade, além da família que reside na propriedade da Figueira Centenária, em Linha Silva Tavares. Em 2022, já são três nascentes recuperadas pelo comitê. No ano passado, foram recuperadas cinco.
O coordenador do trabalho, Rui Schwinn, servidor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), destaca que a expectativa é que, neste ano, até dezembro, seja possível atuar em 12 nascentes. O tempo de atuação em cada uma varia, assim como a intervenção. Realizado por servidores da Prefeitura, o trabalho inclui a limpeza do local, isolamento da fonte e direcionamento de parte da água para um reservatório e o restante para o aroio. A Emater/RS-Ascar também é parceira no trabalho.
Na próxima semana, será iniciada a recuperação da 25ª nascente, na propriedade de Hélio Pacheco, em Linha Marechal Floriano. Schwinn observa que segundo o cronograma de trabalho do comitê a demanda será atender e finalizar primeiro todas as nascentes que já têm material adquirido para o trabalho, que no total são cinco. As compras foram feitas com recursos de emenda impositiva repassada pela vereadora Sandra Wagner (PSB), no valor de R$ 26.447.
O comitê também dispõe de verbas da Prefeitura, provenientes do Fundo Municipal do Meio Ambiente, para uso na recuperação de nascentes que estão no orçamento da Semma. Os recursos destinados pelo Rotary Club Venâncio Aires Chimarrão e fornecidos pelo Fundo Social da Cooperativa Sicredi já foram todos utilizados. A nascente de Vila Deodoro foi a última a contar com este dinheiro.
- R$ 60 mil é o valor disponível, no momento, para ações no Castelhano. No entanto o montante não é exclusivo do comitê, pois também é usado em outras ações que contemplam melhorias para o arroio Castelhano.
Entenda
• A intervenção na nascente varia conforme cada local, mas sempre busca ‘limpar’ o entorno da fonte, deixando que a água aflore naturalmente. Além disso, é construída uma câmara e a nascente é isolada, para evitar a contaminação com folhas, dejetos e outros materiais.
• Depois de filtrada, a água segue encanada para as residências, com um reservatório. Enquanto isso, parte dela segue o ‘caminho’ normal do córrego até desembocar no arroio.
• Uma das preocupações do projeto também é sempre cercar a área. Isso é necessário pois, se houver animais em volta, eles podem pisotear a terra e fechar a nascente, além de defecar no local. Com essa proteção, se evita a contaminação da água e se possibilita o aumento do volume.