Ele se define como um ‘samuzeiro’ que ama o que faz. Anderson Luis Corrêa, 49 anos, é um profissional realizado. Casado e pai de dois filhos, mora em Venâncio Aires há 24 anos e atua como condutor de ambulância do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) desde 2014. Antes, trabalhou por 15 anos como supervisor de operações da concessionária que administrava a RSC-287. “Tenho amor pela profissão e ao próximo, pois desenvolvo um serviço indispensável e primordial para o atendimento aos pacientes”, define.
A cada novo dia de trabalho, a rotina no Samu inclui se informar sobre possíveis alterações com a viatura do colega que está saindo do plantão, fazer a inspeção de todos os itens do veículo para um correto funcionamento, ver as demais demandas na base do Samu e reportar à coordenação qualquer alteração. “Mas sempre em QAP (em prontidão) para os chamados”, garante.
Nestes quase 25 anos atuando diretamente no socorro às vítimas de acidentes de trânsito, o condutor de ambulância se deparou com casos graves. O maior deles foi vivenciado na madrugada do dia 4 de março de 2009, entre o trevo de Venâncio e o restaurante Casa Cheia. Uma colisão entre um micro-ônibus da prefeitura de Sobradinho e um caminhão causou a morte de oito pessoas e deixou diversas outras feridas. Uma nona vítima morreu dias depois, enquanto recebia atendimento médico. Os ocupantes do micro eram pessoas que se deslocavam para Porto Alegre para agendar ou fazer consultas médicas.
Sempre com a vontade de ajudar a salvar vidas, em 2014, Corrêa ingressou no Samu. Dois anos depois, presenciou o mais grave acidente na nova função. Uma colisão entre dois veículos, no trevo de acesso a Venâncio, causou duas mortes e deixou quatro pessoas feridas gravemente. Neste acidente, Corrêa fez duas viagens para socorrer e levar as vítimas para o Hospital São Sebastião Mártir. “Fiz o mais rápido possível e, felizmente, as quatro pessoas feridas se recuperaram”.
Além do trabalho no Samu, Corrêa, sempre que possível, atua em outros locais, para complementar a renda. “Atuei como motorista na Secretaria de Saúde do município, como agente de endemias e por último, fiscal sanitário”, relata. Atualmente, o ‘samuzeiro’ também trabalha em uma empresa de engenharia na Região das Hortênsias.
“Meu amor pelo Samu vem desde muito antes do serviço existir em nossa cidade”.
ANDERSON LUIS CORRÊA
Motorista de ambulância