Dois anos podem parecer muito tempo, mas quando se está vivendo um sonho é como se passasse em um piscar de olhos. Para as soberanas da 16ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), a rainha Veridiana Röhsler, 28 anos, e as princesas Lavínia Giehl, 21 anos, e Alexandra Keller, 31 anos, esse intervalo de tempo foi um período marcado por muitos aprendizados, crescimento, descobertas, emoções e gratidão.
Eleitas no dia 30 de outubro de 2021, elas entregarão as coroas e as faixas para as sucessoras na noite deste sábado, 11. Antes disso, concederam entrevista ao jornal Folha do Mate, à rádio Terra FM 105.1 e ao podcast Fala aí, gurias!. Ao se despedir do reinado, o trio destaca os sentimentos de harmonia e união entre elas, legado que buscaram deixar para a história da Capital do Chimarrão.
“No dia seguinte ao que fomos eleitas parecia que éramos irmãs. Temos personalidades muito diferentes, mas sempre pensamos muito mais na festa do que nos nossos desejos. Minha maior surpresa foi o quanto nos demos bem, o quanto conseguimos ser um trio harmônico”, destaca Veridiana.
Para garantir a união entre elas, as jovens sempre mantiveram no topo das prioridades o objetivo que as unia: representar a Festa com o Sabor do Rio Grande e Venâncio Aires. “As pessoas nos perguntam se não tínhamos desentendimentos, mas nós não dávamos espaço para isso acontecer. Sabíamos o quanto era necessária a nossa comunicação para entregar algo legal para as pessoas e sempre tínhamos em mente que estávamos unidas por um mesmo propósito”, ressalta Lavínia.
Alexandra também salienta a parceria entre as três. “Somos um trio e representamos a festa igualmente. Sempre ficamos muito contentes com as nossas posições”, acrescenta. Outra grande surpresa para a corte foi o carinho recebido da comunidade desde o momento em que foram eleitas.
• Confira a entrevista com as soberanas da 16ª Fenachim no podcast Fala aí, gurias, produzido pela jornalista Taís Fortes e as estudantes de Jornalismo Luana Schweikart e Marina Mayer.
Irmandade
O reinado de Veridiana, Lavínia e Alexandra está chegando ao fim, mas uma certeza que elas têm é que essa união não terminará quando a corte da 17ª Fenachim for eleita. “A Veri e a Lavínia são minhas irmãs da vida. Deus colocou elas no meu caminho por um motivo nobre que é representar o nosso município e sou imensamente grata por tudo que vivemos”, ressalta Alexandra.
Esse sentimento também é compartilhado por Lavínia. Mais jovem do trio, ela salienta a gratidão por tudo que aprendeu e viveu com as companheiras de reinado e pela trajetória que elas escreveram. “Somos muito diferentes, mas temos o mesmo propósito. Fizemos um trabalho muito lindo e tenho muito orgulho de nós. De alguma forma fomos especiais para as pessoas porque levamos a nossa essência e o nosso carinho”, avalia.
“Eu sei que parece que estamos encerrando um ciclo, mas tenho certeza que a gente começa outro de uma amizade muito verdadeira entre mulheres que estarão sempre se ajudando e se apoiando”, acrescenta Veridiana.
O que elas disseram:
“A Fenachim representa algo que vou guardar para sempre na minha memória, no meu coração e na minha história. Muito aprendizado, muita cultura, muita interação com as pessoas e uma gratidão infinita para com a comunidade venâncio-airense.”
VERIDIANA RÖHSLER – Rainha da 16ª Fenachim
“Tínhamos a grande missão de servir ao município. Sempre dizíamos que nós estávamos servindo e que não queríamos ser servidas porque éramos soberanas. Sentíamos que tínhamos o dever de cumprir com todos os nossos projetos.”
LAVÍNIA GIEHL – Princesa da 16ª Fenachim
“Não nasci em Venâncio Aires, mas vim para cá ainda criança e morei minha vida toda aqui. Fui muito bem acolhida por essa cidade e me considero venâncio-airense de coração. Representar a Fenachim significou fechar com chave de ouro todo esse amor que eu tenho por Venâncio.”
ALEXANDRA KELLER – Princesa da 16ª Fenachim
Bastidores dos dois anos de reinado
Se ao longo da divulgação e da realização da 16ª Fenachim as soberanas evitaram falar sobre os desafios e perrengues, no momento de despedida, elas abriram o coração e contaram histórias de bastidores vividas nesse período. Entre as curiosidades mencionadas por elas é que um dos momentos mais tensos foi a cerimônia de abertura da festa – solenidade com a presença de muitas autoridades e momento delas se posicionarem e falarem sobre a festa.
“Sempre nos cobramos para falar muito bem, representar muito bem as pessoas e lembrar de todos. E as pessoas esperavam isso de nós também”, comenta Alexandra. “Mas mesmo com o nervosismo conseguimos entregar algo bem importante e significativo para aquele momento”, complementa Veridiana.
Em contrapartida, o encerramento da festa foi, para elas, uma das ocasiões mais emocionantes e que arrancou lágrimas das três. “Foi uma mistura de alívio e gratidão por ter dado tudo tão certo e ter sido uma festa tão grande e tão bonita”, destaca Veridiana.
Outro compromisso que ficou gravado na memória do trio de soberanas foi o evento de apresentação dos trajes oficiais. “Naquele momento parecia que tinha caído a ficha do que realmente iríamos começar a viver”, recorda Lavínia. Para elas, além da família e dos amigos, a família formada no entorno da Festa Nacional do Chimarrão foi muito especial e essencial para todas as etapas vivenciadas.
Dentre todos os envolvidos, as soberanas citam o casal social Cristiane e Eduardo Porto, que acompanhou o trio de soberanas em todas as atividades, deu toda assistência quando elas ficaram doentes e resolveu os imprevistos que surgiram no meio do caminho. “Eles foram nossos pais durante muito tempo. Resolviam tudo e não deixavam ninguém ficar sabendo”, cita a rainha da 16ª Fenachim.