Na tarde de sexta-feira, 26, os alunos da ONG Parceiros da Esperança (Paresp) tiveram uma visita especial. A equipe da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DPR), que coordena o canil da região, levou os cães farejadores e de intervenção para que as crianças pudessem conhecer o trabalho que fazem e, também, para proporcionar interação com os amigos de quatro patas. A palestra ‘Uma história boa pra cachorro’ teve sua primeira edição na Paresp, mas o objetivo é levar para mais escolas e entidades.
O policial penal e cinotécnico, Luiz Patrício Lopes, explica que a intenção é que as crianças conheçam os cães de trabalho e aproximar cada vez mais a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) da comunidade, mostrando que lá dentro acontecem atividades como o treinamento de cães. “O cão encanta as crianças e queremos que saibam da importância que eles têm para o nosso trabalho. Nos ajudam e muito.”
Na oportunidade, as crianças puderam tirar dúvidas, conhecer como é feito o treinamento dos cães, como eles identificam os odores e como funciona o instinto do animal. O coordenador do canil regional da 8ª DPR e policial penal, Diogo Blaszak, diz que se desenvolve o potencial de um cão farejador aguçando o instinto de caça e fazendo repetições, com substâncias feitas em laboratórios e que possuem o princípio ativo do entorpecente ou de qualquer outro objeto que se deseja fazer a detecção.
Além das drogas, os cães farejadores podem ir além e identificar qualquer outra coisa, como doenças, munições, armamentos, pessoas e eletrônicos, desde que treinados para este fim. Blaszak reforçou para as crianças que qualquer cão treinado pela polícia não fica viciado em drogas e que, acima de tudo, todos devem ficar longe destas substâncias.
Alguns cães farejadores e de intervenção que atuam com os policiais no dia a dia também participaram da palestra e as crianças puderam ajudar nas dinâmicas de identificação de odores. Os cães Lucky e Ragnar são farejadores e o cão Apolo foi o exemplo de cão de intervenção, que exemplificou uma situação de ataque.
Interesse
A cofundadora e coordenadora da ONG Paresp, Sara da Rosa, comentou que todos ficaram felizes com a escolha da entidade pra a realização da primeira palestra. “Não sabíamos a dimensão do projeto. Nos fizeram uma rápida exposição quando nos convidaram e achamos excelente. Sempre abrimos espaço para este tipo de trabalho e é importante para as nossas crianças terem esse conhecimento”, comentou.
Sara destacou que para que o trabalho fosse feito na Paresp, a entidade contou com a indicação e auxílio das profissionais da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva), a assistente social Débora Schonardt e a psicóloga Raquel Campos, que já conheciam a ONG.
Canil em Venâncio Aires
• O coordenador afirma que um canil será instalado na Peva, com oito boxes para cachorros, setor administrativo, sala veterinária, maternidade e quarentena. Com isso, todos os órgãos de segurança pública poderão contar com o auxílio dos cães farejadores e de intervenção, além das 12 casas prisionais da região. No momento, as equipes estão no aguardo dos recursos para que o canil seja feito em Venâncio Aires.
“A ONG Paresp não foi escolhida à toa. Da forma que todos na instituição se doam para as crianças, queremos atuar da mesma forma para a sociedade.”
DIOGO BLASZAK
Coordenador do canil regional da 8ª DPR e policial penal