Giovane, Salanda, Nalanda e Gelci  iniciaram a viagem até o extremo sul da América do Sul na última quinta-feira (Foto: Giovane Sebastiany/Diulgação)
Giovane, Salanda, Nalanda e Gelci iniciaram a viagem até o extremo sul da América do Sul na última quinta-feira (Foto: Giovane Sebastiany/Diulgação)

Descobrir rotas novas de turismo é uma das paixões do casal Giovane Sebastiany, 36 anos, e Salanda Santa’Ana, 40 anos. A lista de lugares já visitados é extensa e na quinta-feira, 15, o gestor de Marketing, que é mato-leitoense, e a professora e empreendedora decidiram embarcar em mais uma aventura, desta vez acompanhados da filha Nalanda Sant’Ana Sebastiany, de 5 anos, e da mãe de Salanda, Gelci Lourenço Sant’Ana, 72 anos.

De carro e com uma barraca de teto como parceira de viagem, os quatro pegaram a estrada para chegar na cidade turística de Ushuaia, na Argentina, localizada no extremo sul da América do Sul e também conhecida como o ‘Fim do Mundo’. A semente para realizar esse roteiro, que inclui uma rota clássica e bastante conhecida, foi plantada em 2012, quando Nalanda e Giovane retornaram de um passeio feito a Pelotas, na região Sul do Rio Grande do Sul.

“Eu e minha esposa já viajamos há bastante tempo. Quando voltamos de Pelotas, gostaríamos de ter passado pela praia do Cassino, mas não tivemos tempo e ‘deixamos para a próxima’. Assim que cheguei em casa, olhei no mapa para programar essa possível viagem para o Sul do estado e vi que era possível seguir viajando ainda mais, passando por Montevidéu, Uruguai, até chegar em Buenos Aires, na Argentina”, recorda Giovane.

Entre o fim de 2013 e o início de 2014, o casal tirou do papel o plano de viajar de carro para esses dois países da América do Sul. Na época, eles visitaram Buenos Aires, Montevidéu, Punta Balena, Punta del Este, Piriápolis e Punta del Diablo. “Ao retornar, surgiu com força a vontade de fazer uma nova viagem de carro ainda mais longa, dessa vez ao ‘Fim do Mundo’, que é um destino icônico para os viajantes. Ficamos sonhando com esse projeto por muitos anos, até que programamos para o fim do ano passado, e adiamos para este ano devido à pandemia”, relata o gestor de Marketing.

A viagem

O roteiro que iniciou na última quinta deve durar 30 dias e mais de 11 mil quilômetros devem ser percorridos exclusivamente de carro. Para Giovane, viajar de carro é uma oportunidade de ter mais liberdade para fazer desvios e alterações no trajeto conforme a necessidade e o desejo. O planejamento dessa viagem, com pesquisas e definição do roteiro, durou cerca de dois anos.

Ele ainda ressalta que a escolha pelo destino foi sendo construída ao longo do tempo, desde a viagem feita a Pelotas entre 2013 e 2014, pois foi nessa oportunidade que o casal passou a gostar de viagens feitas de automóvel e o desejo passou a ser ir cada vez mais longe. “Lembro até hoje de uma certa emoção ao chegar em uma cidade grande, como Buenos Aires, com o próprio carro. De não sair de avião, mas sim conhecer todo o trajeto, até chegar o destino final”, ressalta.

Diferente do planejamento de muitos viajantes, a família, que é moradora de Lajeado, não pretende se hospedar em hotéis, pousadas ou outros tipos de acomodações ‘convencionais’. Para isso, eles têm como companheira uma barraca de teto que é instalada em cima do carro em locais como campings ou outras áreas nesse modelo destinadas a viajantes.

Essa barraca já faz parte dos passeios da família desde setembro do ano passado, quando Salanda e Giovane a alugaram em Blumenau, em Santa Catarina, para fazerem uma ‘viagem diferente’. Na época eles aproveitaram o feriado nacional do Dia da Independência para conhecer a região do Vale Europeu no estado vizinho. Gostaram tanto da experiência que decidiram comprar a barraca.

Família utiliza uma barraca de teto para acomodação à noite durante as viagens feita de carro (Foto: Geovane Sebastiany/Divulgação)

Além de viagens pequenas, o casal a utilizou também no ano passado em uma viagem realizada com as famílias de cada um. O roteiro de 23 dias passou por São Paulo, depois Teresópolis e Parati, no Rio de Janeiro, com retorno por Curitiba, no Paraná, e passagem pelo litoral catarinense.

“Viagem tem muito a ver com humildade, no sentido de ser uma possibilidade de nos descobrirmos humildes para percebermos o quanto a gente não conhece, o quanto temos para conhecer e quão são interessantes outras e novas culturas.”

GIOVANE SEBASTIANY – Gestor de Marketing e viajante

Perfil no Instagram

• Recentemente Giovane e Salanda criaram um perfil no Instagram para divulgar as aventuras e os momentos das viagens. O nome ‘Cadê a Rota?’ foi pensado como uma forma de identificar os roteiros realizados por eles, que têm muito a ver com as várias vezes que se perderam ou mesmo pegaram a estrada sem pensar muito no destino final, apenas aproveitando o trajeto. Hoje, o casal já comemora a interação com outros viajantes que os acompanham.

• “Já nos perdemos em nossos passeios e já fomos ‘trolados’ pelo GPS, mas sempre encontramos uma forma de seguir e de aproveitar o momento. ‘Cadê a Rota’ é sobre confiar na jornada. É sobre não ter certeza sobre o roteiro, mas aproveitar o caminho. É sobre curtir cada instante que uma viagem pode proporcionar”, destaca publicação feita pelo casal no perfil do Instagram.

Roteiro

• Como já conhece o Uruguai, o casal optou por iniciar o roteiro até Ushuaia por Uruguaiana. Depois, a viagem segue por Puerto Madryn, Rio Gallegos, até entrar no Chile e atravessar o estreito de Magalhães. Em seguida, a família vai ingressar na ilha da Terra do Fogo, retornando à Argentina até Ushuaia.

• “Depois de Ushuaia começaremos o nosso retorno entrando novamente no Chile para visitar o Parque Nacional Torres del Paine e depois vamos entrar pela última vez na Argentina e seguir pela Ruta 40, sempre ao lado da Cordilheira dos Andes. Passaremos por cidades como El Calafate, El Chaltén e Bariloche e depois regressaremos ao Brasil entrando novamente por Uruguaiana”, explica Giovane.