Universidades mobilizam a comunidade para mapear os impactos da enchente

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O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade do Vale do Taquari (Univates) desenvolveram as estimativas preliminares das áreas urbanas que foram inundadas durante a cheia do Rio Taquari-Antas, entre os dias 4 e 5 setembro.

Agora, as universidades mobilizam as pessoas da comunidade dos municípios afetados para auxiliar enviando registros de onde a cheia chegou. O objetivo é criar um Mapa Cidadão, com as informações que, posteriormente, servirão para embasar estudos científicos. Para participar, basta enviar uma mensagem de WhatsApp com a localização de onde chegou a água no auge da cheia.

“Os residentes locais são convidados a contribuir com seus próprios conhecimentos sobre as áreas inundadas, o que aumenta a precisão e a abrangência das estimativas”, destaca a assessoria de imprensa da Univates.

A venâncio-airense Sofia Royer Moraes, doutoranda em recursos hídricos e saneamento ambiental pelo IPH da UFRGS, reforça a importância de as pessoas participarem do projeto e enviarem dados sobre a enchente. “É a chance de colocar Venâncio na rota de toda nossa pesquisa”, salienta a engenheira ambiental que tem como foco de pesquisa a reconstrução de eventos extremos históricos na Bacia Hidrográfica Taquari-Antas.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Univates

Como participar do Mapa Cidadão

1 Salve o contato do WhatsApp do Mapa Cidadão: 555133088180
2 Caminhe com o celular pela rua ou terreno aberto até o local em que você sabe que foi o limite da inundação.
3 Abra o Whatsapp na conversa com o Mapa Cidadão. 
4 Clique no clipe e escolha “Localização”. 
5 Escolha “Localização Atual”.
6 Pronto! Você contribuiu para o Mapa Cidadão. 

Ciência cidadã

A atividade é uma oportunidade de a população local participar do processo científico. A ciência cidadã, também conhecida como ciência participativa ou ciência comunitária, é uma abordagem colaborativa na qual membros do público em geral, muitas vezes sem formação científica formal, participam ativamente do processo científico.

Isso envolve a coleta, análise e interpretação de dados científicos, bem como a contribuição para a formulação de perguntas de pesquisa e a disseminação dos resultados. No caso em específico, a comunidade local do Vale do Taquari e áreas do entorno que foram afetadas pela cheia podem participar munindo os pesquisadores de dados que, sem a participação das pessoas, seriam de difícil acesso devido à amplitude do mapeamento que está sendo proposto.

“Os moradores locais têm um conhecimento regional e podem fornecer informações que podem ser difíceis de obter por outros meios”, ressalta a assessoria da Univates. Além disso, a universidade reforça que os dados coletados pela comunidade local podem ser usados como base para estudos científicos mais abrangentes sobre cheias e gestão de recursos hídricos na região. “Isso demonstra como a ciência cidadã pode contribuir para a pesquisa científica tradicional, eventualmente estendendo esse impacto para geração de políticas públicas e ações de abrangência comunitária.”

    

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