Dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na terça-feira, dia 30 de janeiro, mostram que Venâncio Aires encerrou o ano de 2023 com saldo positivo de 85 postos de trabalho formais. Ao longo dos 12 meses, foram 15.140 contratações e 15.055 desligamentos. Já o estoque de empregos fechou em 16.882.
Embora tenha ficado ‘azul’, o desempenho é o pior desde 2016, quando o saldo foi negativo, de três empregos com carteira assinada. O melhor resultado obtido na série histórica do Caged – que apura os números do mercado de trabalho nos municípios brasileiros desde 2003 – foi registrado em 2021, quando o saldo do ano foi de 1.170 vagas criadas.
Dezembro
Os resultados de 2023 foram concluídos com a divulgação dos dados de dezembro, mês em que a Capital Nacional do Chimarrão perdeu 399 empregos. Foram 553 admissões e 952 desligamentos no período.
Estado e país
No Rio Grande do Sul, 2023 fechou com saldo positivo de 45.983 empregos, fruto de 1.409.130 contratações e 1.363.147 demissões. Em dezembro, o estado perdeu 28.832 postos de trabalho com carteira assinada.
No Brasil, o ano passado também foi de geração de vagas formais. Foram 1.478.340, a partir de 22.982.161 admissões e 21.503.821 demissões. Em dezembro, o país perdeu 430.159 empregos, segundo o Caged.

Análise
1 O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Marcos Hüttmann, ressalta que o ano de dezembro, historicamente, traz resultados negativos no que se refere ao movimento no mercado de trabalho em Venâncio Aires.
2 De acordo com ele, em 2023, o desempenho pode ter sido influenciado pelas dispensas da Dass, que encerrou as atividades na Capital Nacional do Chimarrão e demitiu cerca de 360 funcionários, e de uma empresa do ramo da metalurgia.
3 Também pode ser reflexo, segundo Hüttmann, da extinção de contratos intermitentes e de fim de ano. “No caso específico da Dass, por exemplo, sabemos que aproximadamente 300 pessoas, que poderiam rapidamente se recolocar no mercado, optaram por permanecer no seguro-desemprego”, diz o secretário.
Série histórica
• 2023: 85
• 2022: 293
• 2021: 1.170
• 2020: 546
• 2019: 138
• 2018: 96
• 2017: 155
• 2016: -3
• 2015: -389
• 2014: 152
• 2013: 559
• 2012: 576
• 2011: 493
• 2010: 1.133
• 2009: 498
• 2008: -156
• 2007: 693
• 2006: 526
• 2005: -281
• 2004: 337
• 2003: -618
