Venâncio Aires registrou sete crimes violentos entre janeiro e ontem. Os números são os mesmos verificados em todo o ano passado, com duas diferenças: este ano foram cometidos um feminicídio e um latrocínio, crimes que não foram praticados em 2021. Se levados em conta os oito primeiros meses do ano, observa-se um aumento de 50% nos casos. Foram seis mortes violentas este ano, contra quatro entre janeiro e agosto do ano passado.
Dos sete crimes violentos registrados este ano na Capital do Chimarrão, cinco foram homicídios e quatro deles seguem sem autoria conhecida. Três destes, segundo apurado pelos agentes da Polícia Civil, têm relação com o tráfico de drogas. Em 2021, três dos sete crimes tinham envolvimento das partes com o tráfico de entorpecentes.
Com referência ao período de janeiro a agosto do ano passado, especificamente, onde foram cometidos quatro homicídios, dois deles tinham relação com o tráfico de drogas.
Esclarecidos
Para a Polícia Civil, os crimes de feminicídio e latrocínio praticados este ano estão esclarecidos e com os suspeitos presos. O crime de gênero foi cometido na madrugada do dia 25 de maio, em Linha Sapé, e o suspeito, que era o ex-companheiro da vítima, foi preso em flagrante. Já o roubo seguido de morte foi praticado na manhã do dia 3 de setembro, no Passo do Cananéia, e o suspeito foi capturado horas depois. Os dois indivíduos encontram-se presos preventivamente na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva).
No estado
Os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) mostram redução nos latrocínios, mas elevação nos feminicídios e homicídios. Referente aos homicídios, foram 152 vítimas em agosto deste ano, uma alta de 32,2% frente as 115 do mesmo mês em 2021. No acumulado, o Estado soma 1.088 vítimas, 11 a mais que nos oito meses do ano passado (1.077).
Com referência aos feminicídios, foram 75 este ano, três a mais que nos oito meses iniciais de 2021, o que representa uma alta de 4,2%.
Sobre os latrocínios, no acumulado de oito meses deste ano, o RS teve oito casos de roubo com morte a menos que no ano anterior, passando de 43 para 35 ocorrências, uma redução de 18,6%.