Venâncio Aires segue a tendência registrada no Estado, de aumento do número de homicídios. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) revelam que só no mês de novembro foram 147 casos, contra 130 do ano passado e 122 de 2020. No ano são 1.530 mortes violentas, um aumento de 13,1% no Rio Grande do Sul. Em Venâncio Aires foram registrados dez homicídios no ano, contra sete de todo o ano passado. Só em novembro de 2022 foram dois casos, contra um do mesmo mês do ano passado.
O aumento desenfreado no número de mortes violentas registradas em Porto Alegre é que elevou sobremaneira os dados estatísticos. Conforme a SSP, só no mês de novembro houve um aumento de 118% nos homicídios na Capital, passando de 17 em 2021 para 36 este ano. A principal causa, indicam as autoridades, são os conflitos entre facções criminosas, que disputam pontos de tráfico de entorpecentes.
Venâncio também contabiliza mortes que têm relação com o tráfico de drogas. Das dez mortes registradas este ano, garantem as autoridades, a metade foi cometida contra pessoas que tinham relações com grupos criminosos.
Mulheres vítimas
Os feminicídios voltaram a apresentar alta pelo segundo mês consecutivo. Em novembro, 10 mulheres perderam a vida por razão de gênero no Estado, enquanto que no mesmo mês de 2021 foram 9 vítimas. No acumulado a alta também persiste, com 100 casos de janeiro a novembro, nove a mais que o registrado em igual período de 2021.
Em Venâncio Aires foi registrado um feminicídio. O caso aconteceu no mês de maio e o suspeito do crime está preso. No ano passado não aconteceram crimes do gênero no município.
Monitoramento
A violência contra a mulher é um crime de difícil combate, pois na grande maioria das vezes acontece silenciosamente, dentro do seio familiar. Das 100 vítimas de 2022, garante a SSP, 79 não possuíam medida protetivas de urgência vigente e 51 sequer tinham registro de ocorrência anterior contra o agressor.
Inédito no Brasil, o ‘Projeto de Monitoramento do Agressor’ vai fornecer 2 mil tornozeleiras eletrônicas, que serão instaladas em agressores de vítima que tenha medida protetiva vigente e esteja sob alto risco, segundo avaliação do Judiciário. Por outro lado, a vítima receberá um aparelho que emite um sinal sonoro toda a vez que o agressor se aproximar dela, além do permitido. O mesmo sinal será enviado à Patrulha Maria da Penha, que terá tempo para agir e prender o transgressor.
A nova tecnologia é parte de uma das ações do governo do Estado para frear os casos de feminicídio e violência doméstica no Rio Grande do Sul, tendo como ponto de partida os municípios de Porto Alegre e Canoas. Se aprovada, atingirá todos os municípios gaúchos.
Em queda
Por outro lado, os latrocínios (roubos seguidos de morte) seguem em queda no RS. No penúltimo mês do ano foi registrado um caso no Estado, frente a dois latrocínios praticados em novembro de 2021. No acumulado de janeiro a novembro a queda é de 18,5%, passando de 54 casos no ano passado, para 44 em 2022.
Na capital Nacional do Chimarrão, das dez mortes registradas este ano, um caso é de latrocínio. A vítima é um taxista, que foi morto em setembro, no Passo do Cananéia, com golpes de faca. O autor do crime foi preso no mesmo dia. No ano passado não aconteceram latrocínios no município.