Visita técnica na região serrana reúne empresários da Aturrchim

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Na terça-feira, 10, um grupo com cerca de 20 empreendedores da Rota do Chimarrão participou da segunda visita técnica em Venâncio Aires. Durante o dia, foram conhecidos cinco pontos turísticos da região serrana do município, com objetivo de avaliar a qualidade do atendimento, revisar rotinas de funcionamento e conhecer as atividades oferecidas aos turistas.

A presidente da Associação de Turismo Rural Rota do Chimarrão (Aturrchim), Rejane Rüdiger Pastore, destacou que as visitas são oportunidades para a troca de experiências e aprimoramento contínuo dos serviços turísticos. “Os nossos encontros são uma forma de promover a integração entre os empreendedores, permitindo que cada participante avalie os locais visitados e forneça feedback construtivo. O processo de avaliação é fundamental para que possamos identificar pontos de melhoria e receber sugestões valiosas”, afirmou.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Marcos Hüttmann, também comentou sobre o impacto positivo que as futuras melhorias terão no turismo local durante as visitas. Segundo Hüttmann, com a conclusão das novas cabanas na serra e outros projetos em andamento, o município estará ainda mais preparado para atrair e acomodar turistas. “É essencial que tenhamos atrações que incentivem os visitantes a permanecerem por mais tempo e a retornar ao nosso município. As novas construções proporcionarão maior conforto aos turistas e, consequentemente, contribuirão para o fortalecimento do nosso setor turístico”, ressaltou.

Saiba mais:

• Além deste segundo dia de visitas, mais uma data, em setembro, já está agendada para a sequência dos passeios. Na terça-feira, dia 24, serão visitados a Koloni Kaffe Haus (região serrana) e, após, os pontos turísticos urbanos Artesanato Wink, Ervateira Elacy, Casa Laura, Sítio Klafke e Santa Helena Lúpulo.

Os locais visitados

Figueira Centenária

• Distante cerca de 26 quilômetros do Centro de Venâncio Aires, no interior do município, está a Figueira Centenária, em Linha Silva Tavares. Com mais de 480 anos, a árvore é um dos maiores atrativos turísticos da região e uma das principais atrações da Rota do Chimarrão. A propriedade é de Rogério, 54, e Rejane Schwinn, 52. A Figueira Centenária é a principal fonte de renda da família Schwinn, que se adaptou às mudanças no turismo e decidiu parar de plantar tabaco para focar no atendimento aos visitantes. A árvore foi oficialmente tombada como patrimônio histórico de Venâncio Aires em 2012 e, para visitar o local, não há necessidade de agendamento prévio e a entrada é gratuita. Para aqueles que desejam aproveitar ainda mais a visita, a propriedade oferece opções adicionais: é possível alugar churrasqueiras por R$ 10 e comprar cestas de piquenique por R$ 45, sendo necessário reservar com um dia de antecedência pelo perfil no Instagram @figueira_centenaria. O local está equipado com mesas, cadeiras e churrasqueiras, e os visitantes podem desfrutar de um mirante e balanços. Outro diferencial é uma trilha de 500 metros que leva a três cascatas, proporcionando uma experiência completa de imersão na natureza.

Árvore tem 18 metros de altura e mais de 480 anos (Foto: Júlia Brandenburg)

Mirante Lauro Erdmann

• Na propriedade da família Erdmann, em Vila Deodoro, os visitantes podem apreciar uma vista panorâmica do município. A entrada é gratuita, e o espaço conta com um deck de madeira para fotografias, além de oferecer churrasqueiras e mesas para os visitantes. O nome do ponto turístico, que integra a Rota do Chimarrão, homenageia o proprietário Lauro Erdmann. A propriedade, comprada há mais de 20 anos, no topo do morro e perto da Escola Sebastião Jubal Junqueira, começou a ser observada em 2017 pela Administração, que sugeriu transformar o que antes era a parte dos fundos do terreno da família, utilizada como potreiro para o gado, em um ponto turístico da região serrana.

Espaço conta com um deck de madeira para fotografias (Foto: Júlia Brandenburg)

Café Colonial Ledi Maggioni

• O almoço da visita técnica foi realizado em Linha Arroio Grande, no interior de Venâncio Aires, onde se encontra o Café Colonial Ledi Maggioni. O estabelecimento se destaca pela arquitetura rústica e detalhista. Ledi também é proprietária de uma agroindústria de panificados, onde a empreendedora produz pães, cucas, salgados, tortas e bolachas. O café, pertencente à Rota do Chimarrão, é servido em datas preestabelecidas e requer reservas antecipadas, que devem ser feitas com um ou dois meses de antecedência para garantir uma organização e atendimento adequados. Cada edição do café colonial recebe um mínimo de 20 pessoas. Além disso, o espaço também é utilizado para a realização de festas particulares, como aniversários e eucaristias. Um dos grandes diferenciais do Café Colonial Ledi Maggioni é a inclusão de produtos à base de erva-mate em seu cardápio. Este detalhe, segundo Ledi, é significativo, pois a erva-mate é um símbolo do município.

Estabelecimento apresenta uma arquitetura rústica e detalhista (Foto: Júlia Brandenburg)

Cerro do Baú

• Há 20 anos, Marcolino Coutinho adquiriu uma área de terra no topo do morro em Vila Arlindo, inicialmente planejada para a residência da família. No entanto, a beleza natural do local inspirou Coutinho a transformar o espaço em um ponto turístico, oferecendo à comunidade a oportunidade de conhecer o lugar. Assim nasceu o Cerro do Baú, um parque arqueológico que abrange 15 hectares de natureza preservada. Localizado a 12 quilômetros do Centro de Venâncio Aires, o Cerro do Baú é acessível por rotas alternativas entre Linha Sapé e Linha Tangerinas, com o trajeto sinalizado por placas informativas. A entrada no Cerro do Baú é gratuita, mas Marcolino Coutinho pede aos visitantes que ajudem a manter o local limpo e preservado. O Cerro do Baú é cercado por vegetação e abriga nascentes de água que abastecem as localidades vizinhas. Para que os visitantes possam desfrutar dessa água, há uma caixa disponível no local. Uma das atrações marcantes do Cerro do Baú é uma imagem rupestre, que se tornou o símbolo e logotipo do ponto turístico. Esta gravura é uma réplica de um desenho encontrado na propriedade, com mais de 3 mil anos de idade. Os visitantes são incentivados a seguir as placas de sinalização e tomar cuidado ao explorar as áreas ao redor dos precipícios para garantir uma experiência segura. Para o futuro, o proprietário tem planos de expandir as instalações da área e construir cabanas para aluguel e um restaurante.

Localizado a 12 quilômetros do Centro de Venâncio Aires, o Cerro do Baú é acessível por rotas alternativas entre Linha Sapé e Linha Tangerinas (Foto: Júlia Brandenburg)

Chácara Recanto das Orquídeas

• Há três anos, o casal Dulce Maria Graef, 52, e Iliseu Pressler, 60, transformou uma área de terra em Linha Tangerinas, no interior de Venâncio Aires, em um empreendimento familiar e ponto turístico que integra a Rota do Chimarrão. Dulce, com mais de 20 anos de experiência no ramo da floricultura, iniciou o projeto com o apoio do marido, Iliseu. Juntos, construíram três estufas na propriedade, onde cultivam e comercializam mais de dez variedades de orquídeas, além de outras flores e folhagens. O espaço também disponibiliza uma variedade de materiais para jardinagem, como terra, brita, vasos e embalagens. Os valores das plantas na Chácara Recanto das Orquídeas variam entre R$ 2 e R$ 200, dependendo do tamanho e da espécie. Mas o que realmente diferencia o local é a sua oferta diversificada. Além das flores e folhagens, o casal começou a produzir hortaliças, frutas e verduras, que estão disponíveis para compra. Entre as novidades, destaque para os morangos cultivados na propriedade. Iliseu, que também é responsável pela produção de licores e cachaças, oferece degustação e venda desses produtos no local. A visitação à Chácara Recanto das Orquídeas é gratuita, mas é necessário agendar com antecedência. Os interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp (51) 99741-8717 para marcar uma visita.

hácara Recanto das Orquídeas integra três estufas com mais de dez variedades de orquídeas, além de outras flores e folhagens (Foto: Júlia Brandenburg)


Júlia Brandenburg

Júlia Brandenburg

Acadêmica do curso de Jornalismo na Universidade de Santa Cruz do Sul

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