Vítima de assalto em Venâncio Aires relata seu drama: “Tive medo de morrer”

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A Polícia Civil já tem a identificação do indivíduo que ameaçou e assaltou uma trabalhadora, no começo da manhã de quinta-feira, 26, no bairro Cruzeiro. A mulher caminhava em direção ao Centro da cidade, onde trabalha, quando foi abordada por um indivíduo alto, que usava roupa escura e escondia o rosto com um capuz. Além disso, era agressivo e estava armado com uma pistola. Em entrevista exclusiva à Folha do Mate e Terra FM, a vítima detalha os momentos de pânico que viveu e o medo de agora sair sozinha à rua.

Por motivos óbvios, a mulher não será identificada. Ela contou que diariamente sai de casa pouco depois das 6h e segue para o seu local de trabalho. Algumas vezes, vai de carro e, outras, a pé. Na quinta-feira, caminhava sozinha pela rua Voluntários da Pátria, quando viu duas pessoas paradas próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Ela atravessou a rua e notou que uma delas a seguiu e logo passou por ela. Alguns metros adiante, o homem a esperou e a assaltou.

Lembra como tudo aconteceu?
Eu saí de casa pelas 6h10min e perto da UPA avistei dois rapazes, que estavam sentados em frente a um prédio. Um deles me seguiu e logo adiante ele passou por mim, me esperou mais à frente (na esquina com a rua Fernando Abott) e me assaltou. Ele colocou a arma na minha barriga e depois no meu rosto, e me assaltou.

Foi uma ação muito rápida. Ele foi violento?
Sim. Ele disse que era um assalto, pegou minha bolsa e pediu meu celular. Eu disse que não tinha e então ele colocou a arma no meu rosto e disse que o celular estava no bolso do meu moletom. Tive que entregar o celular.

Sentiu medo?
Tive muito medo de morrer e só pensava no meu filho. Fiquei travada e não consegui nem pedir ajuda. Eu estava chorando muito e passaram duas pessoas de bicicleta que perguntaram para onde o assaltante tinha ido. Depois eu consegui correr, porque eu queria sair daquele lugar. Fui até a esquina da rodoviária e encontrei uma senhora, para quem pedi ajuda. Foi um anjo que Deus colocou na minha vida. Contei o que tinha acontecido e pedi que ela me levasse até o meu trabalho, e ela foi comigo até lá.

Tu reagiu, em um ato instintivo. Já havia sido assaltada?
Foi a primeira vez que fui assaltada e eu reagi. Não reaja em momento nenhum, pois pode ser muito pior. Quando ele colocou a arma na minha barriga, eu disse que não era uma arma de verdade e então ele a colocou no meu rosto, me ameaçou e me xingou. Não reaja e, quando sair cedo de casa, no escuro, tente pegar um ônibus ou andar por ruas movimentadas. Evite andar sozinha e em ruas escuras.

“Nunca ande sozinha por ruas pouco movimentadas e escuras. Tomem muito cuidado, porque eles [ladrões] matam uma pessoa por pouca coisa, para pegar um celular. Eles não estão nem aí.”

Vítima de assalto



Alvaro Pegoraro

Alvaro Pegoraro

Atua na redação do jornal Folha do Mate desde 1990, sendo responsável pela editoria de polícia. Participa diariamente no programa Chimarrão com Notícias, com intervenções na área da segurança pública e trânsito.

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