A força do voluntariado novamente foi importante nesse contexto de calamidade pública vivido em todo Rio Grande do Sul. Nesta segunda-feira, 6, cerca de 60 voluntários de Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Venâncio Aires e Cruzeiro do Sul auxiliaram a diretoria da Assoessa, em Vila Sampaio, no interior da Cidade das Orquídeas, na limpeza e organização da sede da entidade.
O local foi atingido, na semana passada, pela cheia do arroio Sampaio. O prejuízo financeiro ainda não foi contabilizado, mas além do abalo emocional, é possível identificar danos estruturais no prédio e no campo de futebol. “Foi uma situação muito inusitada”, define o tesoureiro da Assoessa, Rubinei Wickert, o Fubi.
De acordo com ele, as pessoas mais velhas da localidade não têm recordação de algo assim ter acontecido na história recente. “A última vez que se tem lembrança do arroio ter passado pela estrada foi em 1941”, comenta. Segundo Wickert, a correnteza arrancou as três portas do ginásio, o alambrado, a arquibancada e o muro de concreto do campo de futebol, derrubou uma parede que fazia a divisória entre a cancha de bocha e de bolão e levou um freezer.
Ontem, o trabalho estava concentrado na retirada da lama. Além de voluntários, servidores e maquinários da Prefeitura foram disponibilizados para colaborar. “Estamos tentando nos acostumar com esse novo normal. É inacreditável. Às vezes a gente pensa que está em um pesadelo”, relata o tesoureiro.
Apesar das dificuldades vividas pela Assoessa, Wickert destaca que há pessoas passando por situações piores. “Vamos dar a volta por cima. Temos que levantar a cabeça e tocar para a frente. Ficar parado não leva a nada”, comenta. Na quarta-feira, 1º de maio, a Assoessa completou 65 anos de fundação e uma festa para comemorar a data estava prevista para o último domingo.
