Silvana Kist vê tudo maior e de um ângulo diferente. O que é pequeno para muitos, é grande para ela. Mede 1,02 metro e não cresce mais desde os 5 anos. Casada com Valdir, 52 anos, massagista e cego desde a infância, vive uma vida feliz. Devido ao tamanho, enfrenta algumas dificuldades para viver ‘nesse mundo grande’, em meio a elas, busca superá-las de cabeça erguida e com força de vontade.
Embora muito pequena, Silvana, 55 anos, pesando 63 quilos, a deficiência não é de nascença. Ainda não é possível saber o que levou a senhora do sorriso sincero, das mãos pequenas, dos dedinhos minúsculos e do coração grande a ficar deste tamanho. As explicações dadas pelos médicos foram uma suposta atrofiação nos ossos decorrente de um choque térmico. Outra explicação dos médicos é a falta de nutrientes impossibilitou o desenvolvimento da pequena Silvana.
ADAPTAçãOEm casa, Silvana não possui nada adaptado. é ela mesma que procura se adaptar com o que tem. Criativa e trabalhadora, faz os próprios banquinhos de madeira que utiliza para realizar as tarefas de casa e desempenha todas elas. Para lavar as louças e as roupas, por exemplo, faz uso de uma cadeira. “Eu faço tudo, limpo a casa, lavo as louças e roupas, tiro o pó, adoro trabalhar”, comenta.Quando necessita sair de casa, Silvana utiliza duas muletas que foram feitas para o tamanho dela. As principais dificuldades enfrentadas estão em subir as escadas. Devido às pernas, ainda tortas, ela caminha lentamente e para subir dez degraus, por exemplo, necessita de meia hora. Subir no ônibus também é difícil: no primeiro degrau ela se ajoelha e os demais ela sobre normal, mas com um pouco de dificuldade. O processo é demorado, mas, na maioria das vezes, recebe ajuda. Por ter as pernas curtas, toda a vez que compra uma calça, ela precisa cortá-la para poder usá-la Qualquer sapato também não é utilizado por ela. Com um calo em cada pé, costuma utilizar um chinelo artesanal, macio e mais confortável.Silvana, a mulher pequena do coração grande, é apenas feliz por poder cozinhar, trabalhar, viver e crescer como ser humano. Valdir não a vê, mas se encanta com a determinação e força de vontade que a esposa tem todos os dias.
“Sou baixinha, mas tenho orgulho de ser quem eu sou, pois tenho que aceitar a vontade de Deus”
Silvana Kist, 55 anos
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