Cinco homens e duas mulheres fizeram parte do conselho de sentença que condenou a 43 anos e quatro meses, ontem, em Santa Cruz do Sul, o réu Deivid Andriel de Mello. Dedê, 25 anos, respondia pela morte do promotor de eventos Joângelo Martin, 32 anos, e ferimentos em Guilherme Martins dos Santos, 26 anos, e Gustavo Martins Schwuchow, 21 anos. Os crimes aconteceram por volta das 2h do dia 27 de março de 2016, em frente ao Salão Paroquial de Passo do Sobrado, onde se realizava um evento.

Foto: Lula Helfer / Gazeta do SulDede continuará preso
Dede continuará preso

A condenação foi anunciada por volta das 19h30min. Pelo homicídio, dedê foi condenado a 18 anos. Ele levou outros 13 anos pela tentativa de homicídio contra Santos e mais 12 anos pelao tiros desferiodos contra Schwuchow.

Uma das pessoas que depôs em favor da acusação foi o delegado Luciano Menezes. O titular da Delegacia Regional de Polícia e da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) afirmou que ficou claro, durante as investigações, que Dedê foi o autor dos tiros. Sobre a participação de um adolescente, Menezes mencionou que a versão dele é fantasiosa.

Também depuseram os dois jovens feridos naquela fatídica madrugada. Schwuchow mencionou que houve uma briga dentro do salão e que eles foram colocados para fora. Na rua, disse ter visto Dedê vindo em sua direção com uma pistola e desferido dois tiros. Um lhe atingiu no peito, mas ele conseguiu fugir para pedir ajuda.Santos disse não lembrar de nada o que aconteceu. Ele ficou 17 dias em coma e como sequelas dos tiros, perdeu a visão do olho direito, a audição do ouvido direito, além de paralisia facial.

Em seu depoimento, Dedê confirmou que deu dois tiros contra Schwuchow, mas alegou que os demais foram disparados por um menor de idade, negando que seja o autor da morte de Joângelo. Pelo réu depuseram testemunhas abonatórias, como vizinhos que disseram nunca ter visto ele armado. A defesa de Dedê foi feita pela advogada Gisela Antia de Almeida e a acusação, pelo promotor Jéferson Dall’Angnol. Os trabalhos foram presididos pela juíza Márcia Inês Doebber Wrasse.