Delegado Vinícius Lourenço de Assunção representou pela prisão preventiva dos dois suspeitos de assaltos contra taxistas, registrados em Venâncio Aires, em um espaço de seis dias. A última vítima, de 45 anos, foi violentamente agredida.

Ontem à tarde, de posse do relatório e das fotos da vítima, o próprio delegado encaminhou os pedidos ao poder Judiciário. Como um dos suspeitos havia sido detido pela Brigada Militar, facilitou o trabalho de reconhecimento. éverton Wagner Cheiran, 26 anos, confessou participação somente no segundo assalto.No entanto, foi reconhecido nos dois crimes. Cheiran foi encaminhado à Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva), ontem no final da tarde. O outro envolvido, de 20 anos, Alexandre Luís Ferreira também foi preso, ontem à tardinha, e encaminhado à Peva.

Assaltos

O primeiro ataque foi praticado no início da madrugada do domingo, dia 20. O taxista de 24 anos recebeu uma ligação para pegar dois passageiros, no bairro Aviação, e levá-los até o bairro Santa Tecla. No caminho, foi calçado com uma faca e obrigado a entregar seus pertences e o dinheiro.A vítima, ainda, seguiu com os ladrões até o bairro Bela Vista, onde foi abandonada. A dupla fugiu a pé.No outro assalto, praticado por volta das 21h45min do sábado, 26, um indivíduo ligou para a vítima, de 45 anos, e pediu para ser buscado no condomínio Pôr do Sol. No local, reconheceu Cheiran, que embarcou e sentou no banco traseiro, enquanto que o outro indivíduo sentou ao lado do motorista.Eles pediram para ser levados até as imediações do Asilo Lar Novo Horizonte, em Linha Bela Vista. Quando se aproximavam do local, segundo declarou a vítima, Cheiran o gravateou e o outro passageiro passou a agredí-lo a socos.Sangrando no rosto, o taxista foi retirado do veículo e obrigado a entregar sua pochete. A dupla roubou documentos, celulares e dinheiro. Em seguida, mandaram a vítima entrar no porta-malas e a agrediram violentamente outra vez. O taxista mencionou que eles rodaram cerca de dez minutos, até pararem. “Então ouvi um deles dizer para colocarem fogo no táxi, antes de fugirem”, recorda.Como não conseguiram, descarregaram o extintor dentro do carro. O taxista possuía um terceiro celular e com ele avisou seu patrão, que o socorreu e avisou a polícia.

Preocupado, o presidente da Associação dos Taxistas pede ações mais rígidas por parte da polícia. “A Brigada deveria fazer mais abordagens em táxis que estiverem com passageiros, principalmente à noite. Ninguém se importaria. é um pedido de todos”, disse Anderson Degranti Gomes, 24 anos, que fica no cargo até o final de 2016. Por causa desta nova onda de assaltos, ele teme que alguns colegas abandonem a profissão.

“é doloroso vermos a maneira como agiram contra o taxista. Eles o agrediram cruelmente e ainda ameaçaram colocar fogo no veículo, quando ele estava preso no porta-malas. Aonde vamos parar deste jeito?”

vinícius l. de assunçãodelegado de polícia