Foto: Edemar Etges / Folha do MateMobilização reuniu mais de 10 mil pessoas em Santa Cruz do Sul
Mobilização reuniu mais de 10 mil pessoas em Santa Cruz do Sul

“Se o colono não planta, os políticos não almoçam nem jantam”; “Reforma da Previdência, sim, mas não para quem recebe um salário mínimo”; “Mexer na aposentadoria rural é promover a fome na Brasil. Quem planta, tem almoço e jantar, tem o direito de se aposentar”. São algumas das frases usadas pelos agricultores familiares durante a mobilização contra a reforma da Previdência Social, que ocorre hoje em Santa Cruz do Sul.

A manifestação é organizada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Regional Sindical do Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí, com o apoio da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e reúne mais de 10 mil agricultores familiares de 23 municípios da região. O objetivo é chamar atenção da sociedade contra as consequências negativas para a agricultura se a reforma previdenciária, cujo projeto está tramitando no Congresso, for aprovada. O texto prevê que tanto o homem quanto a mulher rural se aposentem somente aos 65 anos, diferente do direito conquistado na Constituição de 1988, que garante ao homem rural se aposentar aos 60 anos e a mulher rural, aos 55 anos. “O agricultor familiar diz não a esta reforma absurda”, afirmou o presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva.

Organizados pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, mais de um mil agricultores familiares de Venâncio Aires lotaram 20 ônibus para participar da mobilização. Além dos produtores, marcaram presença representantes de sindicatos de trabalhadores urbanos, como dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo, Alimentação e Afins, Calçado e Vestuário, Metalúrgicos e dos Servidores Públicos Municipais.