Durante o segundo Encontro das Famílias Rurais ocorrido na quinta-feira, 5, no Parque Municipal do Chimarrão, dentro da Fenachim 30 Anos, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Paulo Konrad, defendeu a necessidade das entidades representativas e os próprios agricultores familiares começarem a debater e definir ações para fazer a sucessão rural nas propriedades. “O objetivo é que a agricultura familiar tenha continuidade. Do contrário, daqui a alguns anos, não teremos mais quem produza os alimentos”, alertou.Konrad defendeu, também, a necessidade de resgatar valores que foram esquecidos no meio rural e que a preocupação hoje, é que não se perca os mesmos. Entre os valores estão as políticas públicas que o governo coloca ao alcance dos produtores, como por exemplo, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “Quem fica no interior precisa ser valorizado, pois muitos agricultores não produzem mais os seus alimentos e este é um dos valores que precisam ser resgatados”, salientou. Konrad acentuou o vazio com o qual entidades tradicionais vivem atualmente, como é o caso das associações de damas e cavalheiros, igrejas (principalmente a católica e a evangélica), grupos de corais e escolas, por exemplo. “São situações que preocupam, sendo necessárias ações concretas para resolvê-las.”Segundo Konrad, as famílias rurais atualmente vivem melhor que os pioneiros e isto ocorre devido aos avanços das tecnologias e das modernidades que estão ao alcance dos produtores e que facilitam as lidas na lavoura. Outra preocupação, conforme Konrad, é com as pessoas que ainda permanecem no interior. Alertou para a necessidade de todos olharem para frente e imaginar o que se enxergará daqui a 20 anos. “é uma situação que exige uma maior reflexão”, frisou.
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