Em um ato que reuniu ex-presidentes da República, líderes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Deputados e do Senado, a presidente Dilma Rousseff, instalou nesta quarta-feira, 16, a Comissão da Verdade, que passará os próximos dois anos apurando a violações aos direitos humanos entre os anos de 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar. A cerimônia de instalação da Comissão, no Palácio do Planalto, em Brasília, foi acompanhada pelo prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus.
Concorrida entre políticos e jornalistas do mundo todo, a cerimônia marcou o início do trabalho que promete desvendar a verdadeira história do Brasil no período. Para o prefeito Airton Artus, o momento foi histórico, pois começa a desvendar um período ainda obscuro da história brasileira. “As novas gerações saberão o que aconteceu nesse período. A verdade dos fatos, sem pontos de vista ou mágoa. Sem contar que será um alento a todos aqueles que perderam amigos e parentes sem qualquer explicação”, destaca o prefeito.
A presidente Dilma Roussef ressaltou em seu discurso que a comissão não abriga ressentimento, ódio nem perdão. Ela só é o contrário do esquecimento. “A ignorância sobre a história não pacifica, pelo contrário, mantém latente mágoas e rancores”, acrescentou a presidente, que foi torturada e passou três anos presa durante o regime militar.
Integram a Comissão da Verdade o ministro do Superior Tribunal de Justiça Gilson Dipp, o ex-procurador-geral da República Cláudio Fontelles, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, o embaixador Paulo Sérgio Pinheiro, a psicanalista Maria Rita Kehl e os advogados Rosa Maria Cardoso da Cunha e José Paulo Cavalcanti Filho.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Venâncio Aires