As ações de pesquisas e implantação de novas técnicas agrícolas fazem parte do roteiro da comitiva do Vale do Rio Pardo. A proposta de buscar novas oportunidades para os produtores locais, como forma de diversificação, ganha mais força com o intercâmbio de informações entre companhias de pesquisas e os representantes regionais.
Nesta segunda-feira, 27, o primeiro dia de agenda, a comitiva regional seguiu viagem para Moshav Sharona, durante uma hora, onde conheceu a estrutura da empresa Kaiima. No espaço estão sendo desenvolvidas sementes alteradas geneticamente para garantir melhor produção na lavoura. Conforme o Especialista em Projetos e Desenvolvimento Global, Avi Maidenberg, a missão da companhia é de melhorar os sistemas produtivos. “Não somos uma empresa de transgênicos, fazemos adaptações genéticas que garantem melhor produtividade no campo.”
A produção de soja, milho, trigo e arroz, são alguns dos mercados trabalhados pela companhia. Além disso, a produção de biodisel também faz parte das pesquisas desenvolvidas.
Insetos do bem
Em Sde Eliyahu, o grupo conheceu a empresa BioBee, que desenvolve soluções, biológicas, para o combate de pragas nas lavouras. Conforme o gerente comercial, Yeshurun Plesser, o Kibutzim em que estão as instalações possuem 120 famílias integradas, que trabalham além das plantações, formas de combater insetos que prejudicam a produtividade. São três linhas de trabalho: controle biológica de pragas, polinização natural e controle biológico de moscas.
Para livrar as plantações a empresa desenvolve insetos capazes de eliminar outros prejudiciais e garantir ampliação na produção. “Optamos em diminuir a utilização de produtos químicos nas nossas plantações, por isso podemos reduzir em até 80% a utilização de defensivos, ao utilizar insetos que combatem outros que prejudicam as plantas.”
Ganhos com o leite
No fim do dia, os membros da missão visitaram a cidade de Hof Hasharon, onde conheceram técnicas informatizadas para a produção leiteira. A empresa Afimilk possui softwares especializados e monitora o desenvolvimento de cada animal. Na fazenda em que está inserida, são em torno de mil vacas produzindo leite. Todas monitoradas, e pelo sistema é possível avaliar a qualidade do produto, e medem índices de lactose, gordura e proteína.
Além disso, em caso de doença, pelas analises feitas no produto, é possível identificar o animal e isola-lo. “Com este sistema informatizado conseguimos uma média diária de 41 litros de leite por animal. Mas temos vacas que produzem 70 litros dia. A informatização agiliza os processos e garante melhor controle de produção e doenças,” explica o responsável técnico da empresa, Daniel Hojman.