O prefeito Giovane Wickert embarca, neste sábado, 29, para Genebra, na Suíça, onde vai participar – ou pelo menos tentar fazer uma defesa da fumicultura – da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 8). Antes, porém, destinou um tempo para ir à Câmara de Vereadores, na sessão desta segunda-feira, 24.
Por cerca de uma hora e meia, falou sobre a situação atual da Administração, agradeceu aos parlamentares pela aprovação de projetos que viabilizaram a habilitação a financiamentos e esclareceu que a insuficiência de recursos não permitirá que algumas das metas estipuladas para o ano de 2018 saiam do papel. “A frustração de receitas nos impõe estas condições. No entanto, não quer dizer que não vamos fazer o que está previsto, apenas vamos adiar um pouco”, explicou.
Wickert elogiou os vereadores especialmente por autorizações relativas a habilitações ao programa Avançar Cidades – por meio do qual o Município busca até R$ 20 milhões para execução de obras de pavimentação nos bairros – e ao financiamento de R$ 5 milhões, junto ao Banco do Brasil, que permitiu à Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisp) renovar seu parque de máquinas.
“Com mais R$ 2 milhões oriundos de emendas parlamentares destinadas a Venâncio Aires, vamos ter R$ 7 milhões em máquinas e novos equipamentos, que vão nos permitir atuar como realmente pretendemos”, disse. Com recursos e maquinário, segundo o prefeito, a intenção da Administração é atender de 20% a 25% da demanda represada de pavimentação nos mais diversos bairros da Capital Nacional do Chimarrão.
Iluminação pública
Em sua participação na sessão desta segunda-feira, o chefe do Executivo declarou que quer enviar para a Câmara de Vereadores, antes de viajar para a Suíça, um novo projeto relativo à Contribuição de Iluminação Pública (CIP). Ele admitiu que o valor cobrado dos consumidores ficou elevado, mas antecipou que só vai mandar a proposta para o Legislativo após ouvir sugestões dos parlamentares. “É uma questão que precisa ser resolvida de uma vez por todas. Portanto, não vamos correr o risco de enviar a proposição e ela não ser aprovada.
Quero ouvir os vereadores e elaborar um projeto que seja consenso”, afirmou. Paciência, de acordo com o prefeito, é a palavra de ordem no momento. É com diálogo e entendimento, sustentou, que o Município conseguirá superar obstáculos e resolver as suas pendências.
Exclusões da LDO
Giovane Wickert foi indagado sobre exclusões de iniciativas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA), ambas de 2018, e respondeu que as dificuldades financeiras impedem a realização neste ano. O projeto chegou a ser discutido na Câmara, mas foi retirado pelo líder de governo, Ezequiel Stahl (PTB), porque a tendência era de derrota da situação. Entre as exclusões propostas – que são em número de 18 -, estão a implantação de atendimento de educação infantil noturno; viabilização de uniformes escolares; construção de escola de educação infantil em Vila Mariante; articulação de projeto para a criação do Centro Materno Infantil; articulação para atendimento de Oncologia em Venâncio Aires; articulação para instalação de UTI Pediátrica no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM); construção de uma base para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) – Básico e Avançado; construção do Centro de Recuperação de Dependentes Químicos (CRDQ); e implantação e manutenção de um CRAS Central. As propostas, de acordo com o chefe do Executivo, “estão renovadas para o próximo ano”.
“Temos recebido uma série de reivindicações, especialmente em relação a pavimentações e iluminação pública. Se as pessoas estão pedindo, é sinal que tem trabalho, que estamos conseguindo atender as demandas. E, por isso, há confiança na Administração.”GIOVANE WICKERTPrefeito de Venâncio Aires
Mais assuntos
– Estradas do interior – O mau tempo, de acordo com o prefeito, tem prejudicado os trabalhos das secretarias de Agricultura e Infraestrutura e Serviços Públicos. “São mais de 1,6 mil quilômetros de estradas no interior. Quando chove, temos que esperar o escoamento da água, pois não adianta executar um serviço e não ter resolutividade”, disse. Com o cenário de umidade, afirmou, “é melhor deixar os buracos, as panelinhas e os borrachudos do que fazer mais bagunça”. Ele garantiu que, com a logística de material, máquinas disponíveis e tempo bom, “as obras vão sair”.
– Corredor dos Gauer – De acordo com Wickert, é uma via de intenso fluxo e que será pavimentada assim que os recursos forem liberados. “Já foi alvo de vários protestos da comunidade, mas sempre esteve na pauta e, agora, foi colocada como prioridade pela Administração. Temos convicção de que vamos conseguir acabar com o barro, a poeira e a água entrando nas casas”, declarou.
– Ruas centrais – Alvo de queixas dos empresários, principalmente, que apontam prejuízos por conta da redução da circulação de consumidores em seus estabelecimentos, Giovane Wickert disse que este é um “problema bom”. Segundo ele, assim que estiver concluído o “processo de cura” das ruas, o asfalto chegará e acabará com as reclamações. “Vai ficar como a Armando Ruschel, a General Osório e a Tiradentes, onde as obras já foram concluídas”, argumentou, citando ainda que o principal problema é em relação à Osvaldo Aranha.
– Sinaleira na 453 – Para Wickert, o momento é de satisfação em relação à instalação do semáforo na RSC-453, no trevo de acesso ao bairro Coronel Brito. Conforme o prefeito, a demanda agora será acertar o tempo do equipamento com os horários de pico de travessia no local e o fluxo de veículos na rodovia. Também sugeriu que, como a sinaleira vai naturalmente provocar a redução de velocidade no trecho, seja aberto o debate para transferência das lombadas eletrônicas que estão próximas do local. “Minha opinião particular é que sejam colocadas perto do trevo de acesso ao bairro Battisti, na altura da rua 7 de Setembro, mas estamos dispostos a ouvir as lideranças e a comunidade”, antecipou.
– Minha Casa Minha Vida – O prefeito revelou que tem viagem programada a Brasília, para tratar de projetos habitacionais. Ele esclareceu que a ALM Engenharia está habilitada a construir os dois condomínios que foram projetados pelo Município – um com 256 apartamentos, no bairro Aviação, e outro com 144 unidades, no bairro Brands – e que é preciso estar vigilante em relação à liberação de recursos pelo Ministério das Cidades. “O ministério já teve R$ 29 bilhões para estes projetos, agora tem apenas R$ 9 bilhões. Por isso, temos que estar atentos às oportunidades”, comentou.
