As ruas esburacadas, o paralelepípedo que não volta para o lugar e a poeira gerada em razão das obras de canalização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) no município foram tema de uma reunião na tarde de terça-feira, 25, no auditório da Secretaria Municipal de Educação. O responsável pelo trabalho socioambiental da estatal, Carlos Teixeira, falou para representantes da Administração Municipal sobre a atividade de conscientização da população, que será realizada nas próximas etapas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Saneamento.
Para 2013, estão previstos R$ 24 milhões em obras de esgotamento sanitário, que vão abranger grande parte do perímetro urbano de Venâncio Aires. Para explicar a importância dos investimentos e os transtornos temporários que eles podem causar, técnicos da Corsan devem visitar todas as residências atingidas pelo projeto. A previsão é que o acompanhamento inicie até o fim deste ano.
Ao reconhecer o problema social causado pelas obras da primeira etapa do PAC, realizadas principalmente no centro da cidade, o técnico da Corsan espera com o trabalho minimizar os efeitos negativos junto à sociedade. Carlos Teixeira ressalta os benefícios que o tratamento de esgoto trará para o município e a necessidade de parceria com a comunidade durante o período de obras. “Essas obras do PAC Saneamento compreendem três etapas: o trabalho socioambiental que faremos na cidade, com o esclarecimento da população, as obras propriamente ditas e a fiscalização após o trabalho concluído”, explica.
O técnico garante que a empresa que realiza a obra para a Corsan na cidade precisa deixar as ruas exatamente como encontrou. “Caso sejam observados desníveis ou problemas na recolocação do paralelepípedo, a empresa fiscalizadora deve solicitar que a obra seja refeita”, destaca. A atual etapa de canalização sanitária, com investimentos de R$ 7 milhões, ainda não está concluída e, por isso, a empresa fiscalizadora ainda não acompanhou o trabalho realizado. Com a denúncia da Administração Municipal de problemas no calçamento, a Corsan promete para a próxima etapa a formação de uma comissão municipal, formada por membros da sociedade civil, para acompanhar todas as etapas das obras.
Estação de Tratamento
Outra preocupação levantada durante o encontro foi a falta de esclarecimentos sobre a obra da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), que será construída no bairro Morsch. Os moradores da região estão preocupados que o local possa gerar mau cheiro, atrair insetos e até mesmo transbordar em caso de alagamentos. Residências próximas a obra já estão com placas de vende-se à mostra.
Com relação ao assunto, o técnico surpreendeu-se e prometeu uma reunião ampliada com a comunidade do bairro no próximo mês. A secretária municipal do Meio Ambiente agendará o encontro. Gabriela Graef destaca a importância de levar ao conhecimento de todos o que são as obras que estão sendo feitas pela Corsan e qual será a realidade do tratamento de esgoto em Venâncio Aires. “Estamos saindo do ponto zero, onde atualmente despejamos todo o nosso esgoto no arroio Castelhano, para uma realidade de grande parte do nosso esgoto tratado. Isso significa a recuperação das nossas águas. Existem estatísticas que garantem que a cada R$ 1 aplicado em saneamento,é possível economizar R$ 5 em tratamento de saúde”, finaliza.