Volte à matéria principal: Escola Monte das Tabocas está à espera de uma reforma

A urgência da reforma da Escola Monte das Tabocas é reconhecida pelo governo estadual e o projeto já existe, mas sai governo, entra governo e a instituição de ensino segue a sofrer com problemas estruturais e, por enquanto, assim deve continuar, uma vez que não há uma previsão para a realização de melhorias na escola.

Na gestão 2011-2014, do governador Tarso Genro (PT), a promessa era que a obra sairia por meio do Plano de Necessidades de Obras (PNO). Segundo reportagem de setembro de 2012, a escola era uma das nove que seriam beneficiadas em Venâncio Aires e se chegou a anunciar a possibilidade de início dos trabalhos no ano seguinte.

No início de 2013, a Folha do Mate contatou as escolas que seriam contempladas, mas nenhuma havia tido retorno do Governo do Estado. Na época, o então diretor do Monte das Tabocas, Nelson Colombelli, apontava a presença de goteiras em diversas áreas do prédio como o principal problema enfrentado pela escola. “Quando chove enfrentamos dificuldades para preparar e servir a merenda, assim como para acomodar os alunos”, disse.

Colombelli afirmou que os problemas gerados pelas falhas estruturais da escola se repetiam a cada ano sem que o governo estadual apresentasse uma solução. Apesar da expectativa criada pelo anúncio de que a escola seria contemplada através do PNO, o diretor lembrou que anúncios semelhantes já haviam sido feitos em anos anteriores sem que tivessem se tornado realidade. Assim, a história repetiu-se mais uma vez.

URGêNCIA URGENTíSSIMA

Em 2015 iniciou a gestão do governador José Ivo Sartori (PMDB) sem que a obra tivesse saído do papel. Em maio daquele ano, o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, e a coordenadora adjunta, Janaína Venzon, visitaram a Folha do Mate e afirmaram que estavam entre as prioridades para o município a implantação do ensino integral na Escola Crescer, compromisso já cumprido, e também a reforma da Escola Monte das Tabocas, cuja necessidade foi considerada urgente. Durante a entrevista, ele disse que, por questões burocráticas, as obras deveriam ficar para 2016. Com o ano próximo do fim, fica a pergunta: a obra sai ou não sai?

Para esta pergunta nem mesmo o coordenador tem resposta. Ele afirma que reconhece a necessidade de reforma, porém, não tem como prometer um prazo para que ela saia do papel. Moura afirma que a atual gestão encontrou um cenário de dificuldades em diferentes escolas da região e questiona o fato da antiga gestão ter ficado praticamente só na elaboração de projetos de alto custo para diferentes escolas sem que houvesse uma previsão orçamentária para executá-los.

O coordenador argumenta ainda que a atual gestão enfrentou alguns imprevistos e tem priorizado investimentos em escolas com falta de espaço físico, mas garante que não esqueceu do Monte das Tabocas e reconhece as dificuldades. A partir do pedido de melhorias protocolado pela instituição de ensino, o coordenador ressalta que as melhorias para a escola passam a tramitar com caráter de urgência urgentíssima, o que tende a agilizar o processo de resolução dos problemas.