Foi aprovado no Senado na quarta-feira, na Comissão de Constituição e Justiça, um projeto de lei complementar que adiciona novas regras para a criação de municípios do país. Outro projeto semelhante havia sido aprovado em novembro do ano passado, mas havia sido vetado pela presidente, por ter custos elevados.
Essa proposta aprovada em 2013 possibilitava a regularização de 57 cidades e a criação de outras 188, com custo estimado em R$ 9 bilhões para a montagem de novas estruturas administrativas. A nova proposta diminui esse número para um total de 130 cidades, e beneficia em especial as regiões Norte e Nordeste, com menor densidade populacional, o que não ocorria na proposta anterior.
O relator do projeto, o peemedebista Valdir Raupp, orientado pelo governo estabeleceu novos números para a população mínima desses novos municípios. No Sul e Sudeste a população mínima passou de 12 mil a 20 mil habitantes, enquanto no Nordeste esse número passou do original de 8,4 mil para 12 mil moradores. No Centro-Oeste e Norte foi mantido o número de 6 mil habitantes.
O texto ainda deve ser analisado pelos senadores do plenário antes de seguir para a Câmara dos Deputados. O veto de Dilma ao primeiro projeto gerou uma pequena crise entre a base aliada, que procurava atender a metas de sua base ao flexibilizar a criação de municípios.