Foto: Guilherme Siebeneichler / Folha do MateQuatro vereadores de oposição são contrários ao novo repasse de recursos
Quatro vereadores de oposição são contrários ao novo repasse de recursos

Após semanas de debates sobre o fechamento das contas da 13ª Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim), a Câmara de Vereadores aprovou segunda-feira, 04, um novo aporte financeiro ao evento. Serão destinados R$ 187 mil que devem ser utilizados para o pagamento de serviços e empresas contratadas nos dias da festa.

Alvo de discussões, os vereadores criticaram o descontrole nas contas da Fenachim, entretanto, concordaram que não seria justo com as empresas que prestaram serviços ao evento, ter um calote, por falta de recursos.

Para o presidente da Casa, José Cândido Faleiro Neto (PT), o lucro da festa pode ser obtido com a cobrança de ingresso, entretanto, a organização opta em ter dias de entradas gratuitas. “Sabemos que a coordenação do evento admitiu problemas no caixa, e também que a festa poderia ter um lucro muito maior se houvesse a cobrança de ingressos, mas o fato é que não podemos deixar os trabalhadores que executaram serviços para a festa que fiquem sem receber. No futuro poderá ser repensada a gestão.”

Cleiva Heck (PDT) rebateu críticas ao evento, afirmando que a festa foi acessível para todos os venâncio-airenses. “Foi uma festa que todas as pessoas tiveram acesso, escolas participaram, o povo de Venâncio pode assistir a shows e exposições. é fundamental garantir este valor para as pessoas que já executaram serviços ao evento.”

Já na bancada de oposição, José Ademar Melchior (PMDB) destacou erros na prestação de contas do evento, gerando dúvidas para aprovação da matéria. “Os custos altos com o jantar de lançamento, custos estratosféricos que nunca retornarão para a cidade. Não concordo com as despesas, mas não posso incentivar um calote. A Fenachim não pode dar meio milhão de prejuízo.”

José Arnildo Camara, mesmo votando de forma contrária, questionou os gastos na festa com dinheiro público, sugerindo que o prejuízo fosse pago pelos membros da comissão organizadora. “Quem precisa pagar essa dívida é a comissão organizadora. As pessoas que trabalharam de forma voluntária não precisariam ouvir tudo isso, mas os coordenadores são responsáveis,” argumenta.

O novo aporte financeiro será destinado à Associação das Entidades da Comunidade, que foi a mantenedora do evento. O projeto foi aprovado pela maioria dos vereadores, com votos contrários de Eduardo Kappel (PP), Celso Krämer (PTB), José Arnildo Camara (PTB) e Ademar Gisch (PMDB).