Os investimentos com o transporte escolar de alunos da rede pública de ensino em Venâncio Aires devem dobrar em 2016. A estimativa parte de levantamentos realizados pela Secretaria Municipal de Educação (SME): em 2015, o gasto total na área foi de R$ 3.338.532,44.
Para o próximo ano letivo, as projeções da pasta são de que o montante salte para R$ 6,5 milhões. O atendimento também aos estudantes será ampliado: ao todo, serão 22 roteiros a serem percorridos – 12 a mais do que no último ano letivo – para levar estudantes da pré-escola, ensino fundamental, ensino médio e educação especial às suas salas de aula. Juntos, os itinerários garantirão o transporte de quase três mil alunos das redes municipal e estadual de ensino.A principal novidade será o acréscimo de novos roteiros de transporte para crianças de 4 e 5 anos de idade que residem na zona rural e, a partir de 2016, terão obrigatoriamente de frequentar a pré-escola. Conforme mapeamento feito pela SME entre agosto e novembro de 2015, através de sistema GPS, a medida contemplará 282 alunos na área rural da Capital Nacional do Chimarrão. Em cada veículo responsável pelo transporte destes estudantes, haverá, além do motorista, a presença de um monitor contratado pela empresa incumbida. A exigência visa garantir a segurança dos alunos no embarque e desembarque e durante a ida à escola.Os novos roteiros serão cumpridos por veículos com capacidade mínima de 15 lugares. O maior número de estudantes desta faixa etária está concentrado no trajeto entre Vila Palanque e Linha Herval, que tem estimativa de atendimento a 29 crianças. Já o trajeto de maior distância é o que passa pelas localidades de Vila Santa Emília, 25 de Julho, Linha Cecília, Linha Harmonia da Costa e Linha Lucena. Nesta rota, cada veículo terá de percorrer, diariamente, 124 quilômetros para transportar os alunos que moram na região. O benefício será concedido a todos os estudantes de pré-escola da zona rural que residirem a mais de um quilômetro de seus locais de estudos.Os alunos a serem atendidos foram organizados por zoneamento, de modo a precisarem percorrer a menor distância possível até a escola em que frequentarão as aulas. A licitação anual para definir as empresas responsáveis pelo transporte dos estudantes da rede pública já está em andamento. Os envelopes com as propostas dos interessados serão abertos no próximo dia 19 de janeiro. Os valores a serem investidos serão bancados por recursos próprios do Município (vinculados à área da educação) e repasses financeiros oriundos dos governos Estadual e Federal.
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Crianças de 4 e 5 anos de idade que residem na zona rural e, a partir de 2016, terão obrigatoriamente de frequentar a pré-escola.
Nova modalidade deve envolver aulas em 20 escolasAs 282 crianças de 4 e 5 anos que residem no interior e ingressarão na pré-escola a partir de 2016 serão atendidas em 20 escolas. A SME já alocou espaços em 13 educandários da rede municipal de ensino e está em tratativas com o Governo do Estado para utilizar espaços em sete escolas estaduais para a realização das aulas. As únicas instituições fora da área rural dentro desta previsão são as escolas São Judas Tadeu, de Grão-Pará, e Cônego Albino Juchem (CAJ), no centro da cidade.O atendimento aos estudantes será feito em meio turno. A exceção é a escola São Judas Tadeu, que a partir de 2016 oferecerá atendimento integral a todos os seus alunos. A demanda motivou a SME a solicitar a realização de processo seletivo para a contratação de 25 professores, beneficiando escolas das áreas urbana e rural.
Henrique: preocupação com o financiamento do ensino
A obrigatoriedade do ingresso, a partir de 2016, de todas as crianças de 4 e 5 anos de idade na pré-escola, foi instituída pelo Governo Federal. A medida é a meta número 1 das 20 estipuladas pelo Plano Nacional da Educação. Apesar de garantir o cumprimento da lei dentro do prazo estabelecido, o secretário municipal de Educação, émerson Elói Henrique, tem se manifestado preocupado com os elevados custos para que o serviço seja prestado.No último mês de novembro, Henrique propôs uma mobilização coletiva de gestores da educação rumo a Brasília. A ideia é pressionar o Governo Federal em busca de mais verbas públicas para o financiamento do transporte e alimentação dos estudantes, estruturação das escolas e contratação de mais profissionais. “Para implantarmos de fato a meta 1 do Plano Nacional da Educação, é preciso discutir com muita ênfase a meta de número 20, que trata sobre o financiamento da educação”, assinala o secretário.
