As previsões dos centros de meteorologia de que o mês de janeiro ainda seria muito chuvoso em função da ocorrência do fenômeno climático El Niño, acabaram não se confirmando. Com isto, após encerrar a colheita do tabaco da Safra 2015/16, os produtores encontram dificuldades em plantar o restante das culturas de verão, como o milho, o feijão e a soja em função da falta de chuvas regulares.Parcialmente, o fenômeno não deu continuidade às constantes chuvas, pois até o início de janeiro, choveu acima da média. O chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar e engenheiro agrônomo Vicente João Fin, com o excesso de chuvas verificado nos últimos meses de 2015, houve a saturação de água no solo a tal ponto que encharcou e causou a compactação do mesmo. As plantas se acostumaram com o excesso de água no solo e isto fez com que as raízes apodrecessem e num curto espaço de tempo, começaram a aparecer os reflexos tanto no solo quanto nas culturas já plantadas. De uns dias para cá, está faltando umidade para introduzir as culturas de verão da safrinha e também, para terem uma boa germinação. Além disso, o solo está muito duro para efetuar o plantio direto e também muito compactado, o que acaba fazendo torrões e impossibilitando o plantio. “O solo está tão compactado que os produtores enfrentam dificuldades de preparar o solo, mesmo com o uso de maquinário”, observa.