No cinema, principalmente, em ‘Hollywood’, já foram produzidos inúmeros filmes épicos sobre o nascimento de Jesus Cristo, celebrado em 25 de dezembro, data que marca o Natal, uma das festividades mais adoradas no mundo. Além disso, as histórias também trazem a vida dele e o martírio até a crucificação.
Entre os filmes: ‘Jesus de Nazaré’, ‘O Reis dos Reis’, ‘A Paixão de Cristo’ e ‘A última Tentação de Cristo’. São longas de diferentes décadas e que também retrataram de forma marcante a passagem do Salvador pela terra. Um deles merece ser destacado pela excelência e por ser impecável. é ‘Ben-Hur’ do ano de 1959. O filme está na lista dos que mais levou Oscars até o momento: foram onze estatuetas de doze indicações. As premiações foram para Melhor Filme, diretor, ator, ator coadjuvante, direção de arte, fotografia, figurino, efeitos especiais, edição, música e gravação de som.
Baseado na obra ‘Ben-Hur: uma história dos Tempos de Cristo’ de Lew Wallace tem direção de William Wyler. Traz no elenco um dos atores influentes do século 20, Charlton Heston, como Judah Ben-Hur, que também atuou em outro épico de sucesso, ‘Os Dez Mandamentos’ de 1956. Heston faleceu aos 84 anos em abril de 2008. Ainda no grupo de atores, Stephen Boyd (Messala), Jack Hawkins (Quinto Arrius), Hugh Griffith (Ilderim), Haya Harareet (Esther) e Martha Scott (Miriam).

A história de ‘Ben-Hur’, contada em três horas e meia, é a seguinte: Em Jerusalém, no início do século I, vive Judah Ben-Hur um rico mercador judeu. No entanto, com o retorno de Messala, um amigo da juventude que é o chefe das legiões romanas, um desentendimento em virtude das visões políticas divergentes faz com que Messala condene Judah a viver como escravo em uma galé romana, mesmo sabendo da inocência do ex-amigo. Anos depois, Ben-Hur tem uma oportunidade impressionante de vingança contra Messala.
A história de Judah Ben-Hur é paralela à de Jesus Cristo. Enquanto, o filme mostra a vida de Judah; aparece Jesus quando nasce, cresce, auxilia as pessoas e é crucificado. Em um dos momentos, Jesus ajuda Ben-Hur e, mais tarde, cura a irmã e mãe dele que sofrem de lepra. Uma das falas mais marcantes é quando Judah salva um imperador romano do afogamento que o questiona: ‘Por que você me salvou, se sou seu inimigo?’ e Judah responde: ‘Um dia um homem também me ajudou e, até hoje, não sei o porquê”, referindo-se à Jesus Cristo que, enquanto andava pelo deserto, viu os prisioneiros indo as galés e os ajudou.
O filme é emocionante, sensacional, que faz o ser humano refletir sobre o amor, a esperança, o ódio, a vingança e, principalmente, sobre a fé. A história traz a mensagem de que as pessoas de bem, que são injustamente condenadas, julgadas e prejudicadas, nunca são abandonadas quando possuem crenças. Além disso, a verdade sempre vem à tona e a vida possibilita uma reviravolta. A fotografia e figurino se somam às belas atuações. Batas, vestidos, acessórios, entre outros, foram apresentados e fiéis ao estilo e jeito ‘romano de ser’ da época.
Uma obra-prima dos anos 50 aos amantes de cinema e estudiosos da área. Uma boa dica para o fim de semana, para o período natalino. A luta, a determinação, a coragem e a fé de Judah Ben-Hur irá impressionar. Um dos filmes mais belos da história do cinema mundial. Marcou e ainda marcará gerações, porque o clássico não sai de moda!