Neste bloco, cada candidato respondeu a questionamentos previamente definidos e que foram sorteados de acordo com a ordem estabelecida antes do início das atividades.
Existe alguma proposta para a redução de gastos e salários? Qual o caminho para fazer economia e onde é necessário?
Jarbas da Rosa (PDT): Economia é uma questão primordial para a gestão política, ainda mais neste momento de crise política, ética, moral e econômica. Do total de impostos, 65% são absorvidos pelo Governo Federal, o retorno é muito abaixo da expectativa e é o município que tem que cuidar das creches, escolas, saúde e pavimentação. Reduzir salários é um desafio, já votei a favor do corte dos vencimentos de prefeito, vice-prefeito, secretários e vereadores, mas infelizmente foi voto vencido e os vereadores continuaram ganhando o mesmo valor. Os demais tiveram seus salários reduzidos em 20%.
Venâncio Aires é uma cidade que respira esporte, com representantes de dezenas de modalidades. Qual a sua postura com relação ao incentivo nesta área? Clubes profissionais como Assoeva e Guarani vão receber algum incentivo? E os campeonatos amadores?
Giovane Wickert (PSB): Venâncio Aires tem uma diversidade enorme de modalidades e todas precisam ser atendidas. Temos uma estrutura muito interessante no Parque Municipal, com o Ginásio Poliesportivo, mas entendo que precisamos ocupar melhor as nossas áreas verdes e ginásios do interior. Também vamos trabalhar o turno oposto junto às escolas e associações. Qualquer modalidade terá investimentos como Assoeva e Guarani. Para cada real investido nos clubes profissionais, teremos outro real para as categorias de base. Dessa forma, evitamos a rivalidade e garantimos incentivo a todos. Também pretendemos tirar a Vila Olímpica do papel e distribuir kits esportivos.
Pavimentação é um dos investimentos mais aguardados por quem mora na estrada de chão. Qual suas propostas para a cidade e o interior nesta área?
Vinícius Medeiros (PSDB): Vivemos em um município com uma extensão territorial muito grande e com característica essencialmente agrícola. Por isso, precisamos de muita atenção e cuidado com as pessoas que produzem a nossa riqueza. é prioridade no nosso plano de governo tornar o interior trafegável e também intervir na questão do fluxo intenso na cidade, que precisa ser reorganizado. A pavimentação está acontecendo atualmente, mas precisa ser mantida e ampliada. Vamos trabalhar todos estes pontos, mas sempre atentando para os limites orçamentários, que em um primeiro momento demandará muita responsabilidade em razão do equilíbrio das contas públicas.
A saúde pública de Venâncio Aires evoluiu muito com novas unidades e também com a UPA 24 Horas. No entanto, as filas nas madrugadas continuam atormentando a população. Qual sua proposta para terminar com esta situação?
Cesar Schumacher (PT): Vou iniciar corrigindo a pergunta. A saúde básica de Venâncio Aires não evoluiu muito. O que evoluiu foi o atendimento de urgência e emergência, com a UPA, Samu e Plantão do Hospital São Sebastião Mártir. Mesmo assim, um recente estudo da Folha de São Paulo mostrou que Venâncio Aires é ineficiente em saúde, pois temos um indicador muito baixo de cobertura principalmente na Estratégia de Saúde da Família. Precisamos implementar o acompanhamento com equipe completa, que tenha médico, enfermeiro e agente de saúde, entre outros profissionais. Também podemos acessar o Mais Médicos, um programa Venâncio Aires infelizmente virou as costas, pois poderia ter saído deste limbo se tivesse aceitado a vinda dos profissionais.
Atrair novas empresas é desejo de todos os gestores. Mas o empresário local, que já tem seu negócio no município, também quer incentivos, seja no comércio, indústria e serviços. Como garantir mais assistência e progresso, considerando que cada um tem sua participação na geração de emprego e renda?
Jarbas da Rosa (PDT): Apesar de toda a crise que assola o país, Venâncio Aires, nos últimos dois anos, tem conseguido manter um equilíbrio no número de vagas de emprego. Não registramos aqui quedas como as de Horizontina, Caxias do Sul e Gravataí, por exemplo. Nesses últimos anos, saltou aos olhos a questão da diversidade de ramos. Estamos, logicamente, abertos a novas empresas, mas nossa prioridade número 1 são os nossos, os que aqui já estão instalados. Somos fortes na área dos frigoríficos, têxtil, metalmecânica e tabacaleira. O apoio será total e irrestrito aos nossos empreendedores, buscando manter aqui os recursos gerados por eles. Também buscaremos parcerias com a Caciva e novas oportunidades através da Sala do Empreendedor.
A segurança pública é um dever do Estado, mas não deixa de ser um compromisso do Município. Se eleito, como pretende trabalhar com a Polícia Civil, Brigada Militar, Bombeiros e também com a segurança no entorno do presídio?
Giovane Wickert (PSB): As pessoas serão prioridade no nosso governo. O Município não pode fugir desse compromisso de cuidar da sua gente e vamos, certamente, dialogar com Polícia Civil, Brigada Militar, Susepe e Bombeiros. Seria interessante batalharmos por uma Companhia Especial da Brigada Militar, para ali na frente termos um Batalhão da BM aqui no município. Também buscaremos alternativas para a construção da nova sede da Delegacia de Polícia, inclusive, se necessário, fazendo permuta com o Governo do Estado para isso e também para o aproveitamento da área do novo Distrito Industrial. Temos uma proposta para o brigadiano que trabalhar 24 horas e folga alguns dias para que trabalhe mais oito horas e pagaremos sua diária. Também queremos a Patrulha do Interior funcionando e vamos analisar a possibilidade de implementação da Guarda Municipal, de acordo com nosso orçamento. Talvez até tenhamos uma Secretaria da Segurança.
A fumicultura é a principal fonte econômica de Venâncio Aires. Além do tabaco, em quais outros caminhos o município deve apostar para garantir seu desenvolvimento e de sua população?
Vinícius Medeiros (PSDB): A questão do tabaco é prioridade para a Administração Municipal. No entanto, precisamos ser criativos e apostar também na diversificação das culturas, para que tenhamos condições de manter o fluxo de caminho do desenvolvimento. Temos que cuidar da permanência do jovem no campo, dos empregos nas indústrias e, claro, fomentar a agricultura familiar, com geração de renda e garantia de qualidade de vida. Pretendemos criar um Conselho de Agricultura forte, comunicativo e participativo, além de incentivar o cooperativismo.
A definição dos cargos de primeiro escalão será feita a partir de critérios políticos, por especialização na área ou quais serão os fatores que determinarão a escolha dos cargos de confiança inclusive os secretários?
Cesar Schumacher (PT): Teremos técnicos, conhecedores da área, mas também os agentes políticos, que estão próximos das comunidades e entendem as suas necessidades no que tange a efetivação de políticas públicas diversas. Tenho notado uma rotatividade muito grande nestes cargos nos últimos anos, por isso queremos fazer as escolhas certas para que estas pessoas permaneçam durante os quatro anos da administração. Assistimos, muitas vezes, a demissões de cargos de primeiro escalão como saída para momentos de crise, mas quando isso chega ao nosso conhecimento, ficamos nos perguntando se era realmente necessários que aquelas pessoas estivessem lá. Fica a dúvida: se são dispensáveis, precisavam ter assumido? Vamos gerar economia e qualificar as pessoas com a perspectiva de permanência.
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