Tolerância zero anunciada pelo capitão Fábio Cézar Bilhar tem abrangência em todos os setores policiais. Segunda-feira ele declarou à Folha do Mate que além do combate à criminalidade, as fiscalizações serão intensificadas para cobrar o uso do cinto de segurança e evitar que pessoas dirijam após ingerir bebida alcoólica.
Oficial que assumiu o comando da 3ª Companhia na semana passada, o capitão Bilhar disse que se espantou com o grande número de motoristas que não usam o cinto de segurança no município. Ele também se mostra preocupado com a mistura álcool e direção e promete medidas para coibir estas infrações. “Já constatei que de cada dez motoristas, dois ou três usam o cinto.” O capitão menciona que esta é uma situação que ele não viu em outros municípios.
Em um primeiro momento, observa, serão feitas barreiras para alertar e conscientizar os motoristas sobre a necessidade de se usar o cinto de segurança. “As pessoas precisam entender que o não uso do cinto não é problema só delas”, mencionou.
O oficial se refere ao fato da não utilização do cinto poder acarretar em acidentes graves. “E, nestes casos, o Governo precisa ressarcir as vítimas. é um problema bem maior”, acrescenta.Sobre o consumo de bebida alcoólica por pessoa que esteja conduzindo um veículo automotor, o comandante da 3ª Cia ressalta que se trata de crime.
MAIS MULHERESPara comprovar o que disse o capitão Bilhar, a reportagem da Folha do Mate foi às ruas. Ontem à tarde, durante cinco minutos nas imediações da agência do Banco do Brasil foi contabilizado o número de homens e mulheres que conduziam veículos e usavam e não usavam o cinto de segurança.
Durante o período – e afora alguns veículos com película muito escura, que impedia a visibilidade -, 98 veículos passaram e fizeram parte das estatísticas. Destes, 68 estavam sendo conduzidos por homens e 30, por mulheres.
Entre os homens, pouco mais de 50% não usava o cinto de segurança. Foram 31 que estavam de acordo com a Lei, contra 37 que não.
Já o número das mulheres que estava cometendo a infração é bem maior. Das 30 que passaram pelo local, 21 não usavam o cinto de segurança. Isso significa 67% de mulheres que estavam em desacordo com a Lei.