Nesta terça-feira, 14, será realizada a audiência no Congresso Nacional; nesta quarta-feira, 15, reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco; e, na quarta-feira, 22, à tarde, audiência com o ministro de Agricultura Blairo Maggi.
Esta será a agenda que o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco e prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, cumprirá em Brasília na defesa do setor. “Tenho no tabaco a fonte de renda da minha propriedade e se eu tiver que para de plantar, com a pequena área de terras que tenho, não sobrevivo”.
O desabafo é do agricultor familiar Ornélio Funck, morador de Linha Hansel, ao manifestar a sua preocupação com o futuro da fumicultura ante às posições do governo brasileiro na COP7. Funck acrescenta que se o tabaco for banido, o máximo que pode fazer é produzir alimentos para consumo próprio, pois na pouca área de terras que tem, não há como investir em culturas que tem bom rendimento e excelente produtividade, como o milho e a soja, por exemplo. “Vou me sentir representado em Brasília, porque os líderes que nos defendem, têm a mesma posição que a minha, que é mostrar a importância do tabaco para o agricultor familiar.”
Esta também é a posição dos mais de 11 fumicultores de Venâncio Aires que o prefeito Airton Artus defenderá em Brasília nesta terça e quarta-feira. Artus acentua que a audiência pública no Congresso Nacional será promovida pelos deputados em preparação à 7ª Conferência das Partes (COP7) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), numa extensão da audiência pública realizada no dia 19 de maio, na Assembleia Legislativa gaúcha, que tratou sobre o mesmo tema. “Estamos todos preocupados, inclusive os parlamentares, com a posição do Brasil na COP7, porque somos o maior exportador, o segundo maior produtor mundial e temos o tabaco de melhor qualidade”, frisa.